O Certificado de Operações Estruturadas (COE) não era muito conhecido pelos brasileiros até pouco tempo atrás, quando o seu acesso foi facilitado ao público em 2016, mas ele pode ser uma ótima opção para quem busca diversificar seus investimentos.
O Certificado de Operações Estruturadas é um produto financeiro que mescla aplicações e características de renda fixa e de renda variável.
Por ser um conjunto de ativos, essa modalidade lembra um pouco o funcionamento dos fundos de investimentos. Porém, além de ter um valor mínimo de investimento e um indexador definido, o COE possui também uma data de vencimento e apresenta ao investidor uma série de cenários diferentes de ganhos e perdas.
A principal vantagem do COE é que ele combina a proteção oferecida pela renda fixa com a possibilidade de ganhos mais robustos proporcionada pela renda variável e ainda é possível acessar diversos ativos internacionais.
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Como funciona?
Os COEs são emitidos pelos bancos. De acordo com a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), todos precisam ser registrados junto à B3 (antiga Cetip).
As instituições que emitem o COE precisam fornecer o Documento de Informações Essenciais (DIE), que especifica todas as características do investimento. Esse documento deve conter:
- explicações sobre o funcionamento do produto;
- a previsão de fluxo de pagamentos;
- os riscos envolvidos;
- as garantias que existirem.
- os prazos;
- a expectativa de rentabilidade;
- entre outros dados.
O Certificado de Operações Estruturadas é dividido em dois grupos
COE de Valor Nominal Protegido: garantem que o investidor receberá de volta no mínimo o valor que investiu inicialmente – mesmo que os ativos de referência do produto tenham um desempenho negativo. Essa categoria costuma ser indicada para quem ainda tem pouca experiência no mercado financeiro ou muita aversão à perda.
COE de Valor Nominal em Risco: não há nenhuma garantia. O investidor pode perder até o limite do capital que foi inicialmente investido.
Valor mínimo de investimento
O valor mínimo de investimento em um COE varia de produto para produto. Muitos COEs são emitidos com valores mínimos a partir de R $5.000. Esse valor vai variar de acordo com o nível de complexidade da aplicação, o patamar de risco embutido, o potencial de ganho, entre outros aspectos. Quanto mais sofisticado for o COE, maior tende a ser o valor mínimo de investimento.
Custos e Taxas
A negociação do Certificado de Operações Estruturadas pode gerar taxas, dependendo da operadora com a qual você investe.
Além disso, os COEs seguem a tabela regressiva de Imposto de Renda da Renda Fixa. Sendo assim, as alíquotas variam de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo da aplicação.
Riscos do Certificado de Operações Estruturadas
Há três riscos principais ao investir em Certificado de Operações Estruturadas.
Risco de crédito do emissor: os COEs não têm a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), então o recebimento dos pagamentos dos certificados está sujeito ao risco de crédito do emissor;
Custo de oportunidade: para ter a garantia de receber o investimento inicial de volta, o investidor abre mão da rentabilidade de outra aplicação. Uma possibilidade real no caso dos COEs é ter um “empate” no fim do investimento, ou seja, ficar no “zero a zero”;
Risco de liquidez: os COEs têm uma data de vencimento fixa, e normalmente ela não ocorre no curto prazo. Em geral, os certificados são emitidos com prazos de pelo menos dois ou três anos, mas muitos podem chegar a cinco anos.
Resgate antecipado do COE
É possível negociar o certificado no mercado secundário, ou seja, o título pode ser vendido diretamente a outro investidor que esteja interessado no produto. As corretoras atuam na intermediação desse tipo de operação.
Para quem é indicado?
Como falamos anteriormente, há opções de COEs tanto para investidores conservadores, quanto para investidores mais arrojados. Como é um investimento com baixa liquidez, é mais indicado para quem busca investimento de médio ou longo prazo.
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Equipe Edu Moreira
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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