O Fundo de Investimento é uma opção versátil, que pode agradar de conservadores aos investidores mais arrojados. Simples e de fácil entendimento para quem quer começar a investir e sair da poupança, os fundos de investimentos são úteis também para quem já está habituado ao mercado financeiro.
Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos somaram patrimônio de quase R$5,2 trilhões em 2019.
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O que é um Fundo de Investimento?
Imagine um condomínio de investidores. Essa seria uma forma simples de explicar um fundo de investimento.
Os fundos reúnem os recursos de diversas pessoas para que seja aplicado em conjunto. Os ganhos são divididos entre os participantes, de acordo com o valor depositado por cada um.
Como funciona um fundo de investimento?
Para entender como funciona um fundo de investimento, é necessário compreender alguns conceitos. Seguem abaixo os principais:
1. Composição da carteira e classificação
Os fundos podem ser tanto de renda fixa como de renda variável. Porém há algumas regras que valem para todos. Entre elas está a que diz respeito ao limite de aplicação por emissor dos papéis.
Os fundos podem investir no máximo 20% do patrimônio em ativos emitidos por uma mesma instituição financeira. No caso de empresas de capital aberto e outros fundos, o limite é de até 10% do patrimônio, e de 5% para os demais emissores. Não há limite para títulos públicos federais.
Como as possibilidades de combinações de investimentos são enormes, os fundos são classificados de acordo com a composição das suas carteiras e os fatores de risco a que estão expostos.
2. Cotas
A cota é a menor parte de um fundo. Quando o investidor aplica em um fundo, ele adquire cotas e se torna um cotista. A soma de todas as cotas totaliza o patrimônio do fundo de investimento.
3. Custos: taxa de administração e de performance
As taxas cobradas em um fundo de investimento são para arcar com as despesas, como a administração e o gestor.
A taxa de administração existe em todos os fundos. Ela remunera os serviços de administração e gestão, e incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor. Essa taxa é divulgada como um percentual anual, normalmente, entre 0,5% e 4% ao ano. No entanto, a cobrança não é feita de uma vez só – e sim gradualmente e proporcionalmente.
Já a taxa de performance é uma remuneração baseada no resultado. Equivale a um bônus cobrado pelo gestor por ter conseguido entregar ao investidor uma rentabilidade superior à de um referencial previamente estabelecido.
Tributação e Come-cotas
Como acontece em outros investimentos, as aplicações em um fundo pagam impostos. No caso dos fundos de investimentos, os principais tributos são: Imposto de Renda e IOF.
Para efeitos de tributação, os fundos são divididos em três tipos:
• Fundos de longo prazo: papéis com vencimento em mais de 365 dias, em média
• Fundos curto prazo: papéis com vencimento em menos de 365 dias, em média
• Fundos de ações
A tributação dos fundos de curto e de longo prazo segue uma tabela regressiva, segundo a permanência do investidor na aplicação. Esse valor vai de 22,5% até 15% de acordo com o tempo de permanência no investimento.
Há uma cobrança semestral nos fundo de investimentos que é conhecida como “come-cotas”, geralmente feita no último dia útil de maio e novembro. Ela é uma antecipação ao imposto devido e reduz a rentabilidade dos fundos em geral. Vale ressaltar que fundos de ações não são onerados pelo come-cotas.
Já o IOF incide sobre o rendimento apenas nos resgates feitos em um período inferior a 30 dias a partir da aplicação. A alíquota pode variar de 96% a 0%, dependendo do prazo.
Tipos de Fundo de Investimento
Fundos de ações
Nos fundos de investimento em ações, cerca de 67% dos seus investimentos são em ações da bolsa de valores. Nesse tipo, a rentabilidade esperada depende da valorização dos papéis.
Podem ser sub-classificados como:
- Fundos passivos: as ações são alocadas de forma a obter rendimentos atrelados a um índice, como o Ibovespa, por exemplo;
- Fundos ativos: a composição da carteira é feita com base em análises macroeconômicas.
Fundos de Curto Prazo
Os fundos de curto prazo acompanham as variações das taxas de juros com investimento exclusivo em títulos públicos prefixados ou privados de baixo risco de crédito.
Em geral, a rentabilidade desses fundos está atrelada à Selic ou ao CDI.
Fundos de Renda Fixa
Nos fundos de renda fixa, no mínimo, 80% dos seus investimentos são em ativos de renda fixa prefixados ou pós-fixados. Os outros 20% podem ser alocados em derivativos
Fundos Cambiais
Os fundos cambiais são compostos por investimentos em moeda estrangeira, como os títulos públicos de outros países. Os mais comuns são os de dólar e euro.
Fundos da Dívida Externa
Estes fundos são compostos por, no mínimo, 80% de títulos da dívida externa da União.
A sua rentabilidade é determinada por uma combinação entre:
- Taxas de juros pagas pelos ativos
- Desempenho dos papéis no mercado internacional
- Taxa de câmbio do dólar ante o real.
- Fundos Multimercado
Os fundos multimercado são compostos por diversos ativos de renda fixa e variável.
Esse tipo de aplicação é ideal para os investidores que buscam rentabilidade mais atrativas com riscos menores.
Fundos Imobiliários
Os Fundos de Investimentos Imobiliários, conhecidos como FIIs, são feitos de aplicações do setor imobiliário.
Ao participar por meio desses ativos, você possui pequenas partes de imóveis.
Os FIIs têm um profissional especializado para fazer a gestão do FI e, conforme os resultados, alocações são feitas, com foco na maior rentabilidade.
Fundos Referenciados
Um fundo referenciado possui um benchmark como objetivo de rentabilidade. Sua composição deve ter 95% de ativos que estejam atrelados a essa referência.
Ele é um investimento seguro, pois, o patrimônio possui cerca de 80% de títulos públicos ou privados com baixo risco de crédito.
Como exemplo de fundos referenciados tem os fundos DI.
Como investir em fundos de investimento
O processo de investimento pode ser feito 100% online. Basta você ter uma conta em uma corretora ou instituição financeira, transferir o dinheiro para esta conta e escolher os ativos que mais lhe interessam.
Não esqueça de montar uma estratégia de investimento e pesquisar bastante sobre o histórico do fundo.
Os fundos de investimentos podem ser uma ótima opção, mesmo se você está começando. Se você quer se aprofundar no assunto e aprender mais para ter segurança na hora de investir, assista à aula gratuita e exclusiva. Nela, o Eduardo Moreira revela todos os benefícios sobre investir em ações sem correr os riscos mais comuns e sem ter que aplicar uma fortuna.
Nessa aula, você vai aprender como dar os primeiros passos, erros que você deve evitar, estratégias de investimento e muito mais!
Equipe Edu Moreira
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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