29 de agosto de 2018

O que são fintechs e como funcionam?

O que são fintechs e como funcionam?

As Fintechs são startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do setor financeiro, ou seja, deixam de lado alguns dos serviços burocráticos e caros do seu banco e passa a resolver tudo em uma empresa muito mais prática, rápida, barata e descomplicada. O termo surgiu da junção das palavras financial (financeiro) e technology (tecnologia).

Essas empresas possuem custos operacionais muito mais baixos que de bancos tradicionais. Isso é possível porque conseguem utilizar tecnologias que elevam a eficiência dos processos.

A grande missão das fintechs é a inovação e otimização dos processos financeiros. Com a tecnologia, visam implantar novos produtos e processos ou aprimorar os já existentes.

De acordo com a Venture Scanner, já existem mais de 2 mil fintechs em todo o mundo. No Brasil, o último relatório do Fintechlab, de fevereiro de 2017, lista 244 iniciativas do tipo.

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As fintechs têm como características:

  • foco na tecnologia;
  • são menos burocráticas;
  • possuem menos produtos, mas com mais especificidade;
  • propõem soluções inéditas ao consumidor, como, por exemplo, cartão de crédito sem anuidade.

De acordo com o Conexão Fintech, em 2017 as fintechs brasileiras movimentaram mais de R$ 457,44 milhões em investimentos.

Em 2018, com o investimento de US$ 150 milhões recebido pelo Nubank, os valores arrecadados ultrapassaram o total de 2017 em apenas dois meses, batendo R$ 1 bi ainda no primeiro semestre.

Como funcionam as fintechs?

Uma fintech funciona como uma startup clássica, ou seja, predominantemente virtual. Tem no cliente o centro da estratégia de negócio.

É muito comum as pessoas quererem comparar os serviços oferecidos tanto pelos bancos como pelas startups. Porém, especialistas dizem que o novo modelo de gerenciamento financeiro não vai quebrar os bancos tradicionais.

Segundo Isaac Kassin, co-fundador da fintech Exeq, dos Estados Unidos, a união entre bancos e fintechs trará mudanças na indústria que ajudarão a fazer operações bancárias do jeito que deve ser.

O crescimento do acesso à internet e a popularização de smartphones fez muita gente adotar soluções mais práticas, que se integrassem melhor a esse novo estilo de vida.

Se você já assiste a filmes, ouve músicas, faz compras e chama motoristas pelo celular, por qual motivo não fazer o mesmo com investimentos e empréstimos?

A associação de bancos e fintechs, que já pode ser observada em vários pontos do mercado, tem potencial para promover custos operacionais reduzidos, alta confiabilidade, e atender às principais demandas dos perfis do usuário dos serviços financeiros.

Essa revolução pode ser vista através das adaptações feitas pelos bancos em seus serviços, cada vez mais digitais.

Segurança

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As fintechs sobrevivem com investimentos de grandes empresas e organizações sérias, e só conseguem se desenvolver com esses aportes. Para conseguir esses recursos, passam por diversas avaliações, principalmente, a respeito do risco do negócio.

Por se tratar de um setor que tem o dinheiro como mercadoria principal, os golpes e fraudes são bastante comuns. Sendo assim, certifique-se de que trata de uma empresa correta antes de compartilhar dados bancários ou fazer uma transação financeira.

As fintechs de crédito, por exemplo, atuam como correspondentes bancários e seguem a Resolução nº 3.954, de 24 de fevereiro de 2011, do Banco Central.

Serviços oferecidos por fintechs

  • Conta bancária digital;
  • Empréstimos;
  • Cartão de crédito;
  • Microsseguros;
  • Soluções em pagamentos;
  • Soluções em recebimentos para empresas;
  • Negociação de dívidas;
  • Gestão financeira e de benefícios.

Melhores exemplos de fintechs

No Brasil temos quase 250 instituições divididas pelos setores financeiros, sendo:

  • 32% para pagamentos;
  • 18% para gestão financeira;
  • 13% para empréstimos.

Em pagamentos o nome mais famoso é o Nubank. A empresa arrecadou mais de R$ 600 milhões até o fim de 2016 em cinco rodadas de investimentos.

O cartão de crédito da empresa ficou famoso pela ausência de anuidade e taxas mais baixas do que o padrão. E também pelo atendimento personalizado e 100% online.

Lançada em 2016, a Moneto é uma startup de São José dos Campos (SP). Ela oferece uma plataforma tecnológica visando a acelerar o recebimento de vendas por cartão de crédito, débito e boletos.

Também permite a gestão da cobrança e do fluxo de caixa de forma mais prática para o mercado de microempreendedores e profissionais autônomos.

Já a Zoop, plataforma aberta para pagamentos e serviços financeiros, recebeu um investimento de R$ 60 milhões da Movile, uma das líderes globais de marketplaces móveis e dona de empresas como iFood, Sympla e Leiturinha.

A parceria com a Zoop permitirá que as empresas do grupo Movile ofereçam soluções inovadoras de pagamento, o que promete reduzir custos de transação e melhora o fluxo de caixa.

Na área de empréstimos, a Creditas desponta como uma das grandes representantes. A empresa é a segunda maior fintech brasileira em captação, e recebeu US$ 55 milhões em investimentos somente em 2018.

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Equipe Edu Moreira

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Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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