29 de março de 2022

Conheça os 7 pecados capitais dos investidores e proteja as suas finanças

Conheça os 7 pecados capitais dos investidores e proteja as suas finanças

Para ser um bom investidor, você precisa conhecer os 7 pecados principais nos investimentos.

Você já ouviu falar no Princípio de Pareto? Esse conceito econômico foi criado a partir de uma teoria de Vilfredo Pareto, cientista político e economista, em que 80% dos efeitos de eventos são fruto de somente 20% das causas.

Isso significaria, por exemplo, que 80% das vendas feitas vem de 20% dos clientes – e não raramente são feitas por 20% de seus vendedores, baseando-se em 20% dos produtos. Ou seja, precisamos saber quais são nossos objetivos para garantir que estamos focando nos 20% corretos.

E é por isso que você deve conhecer (e evitar) os 7 pecados dos investidores. Continue a leitura para descobrir quais são os 7 pecados!

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Quais são os 7 pecados dos investidores?

1º pecado – Confundir banco com fundo de investimento

Você já parou para pensar que corrigindo 20% de seus erros, seria possível reduzir 80% das suas perdas? São poucos erros, mas eles muitas vezes são responsáveis por causar prejuízos enormes.

E um dos principais responsáveis por estes erros são os próprios bancos, que criam muitas vezes “armadilhas” para levar o dinheiro de seus clientes embora.

Como muitas pessoas não entendem o que estão investindo, elas ainda escolhem colocar seu dinheiro nos fundos de investimento oferecidos pelos grandes bancos, que oferecem resultados abaixo do que pode ser encontrado em grandes corretoras.

Nelas, é possível encontrar uma grande variedade de fundos de investimento, como:

  • Fundos de ações;
  • Fundos de renda fixa;
  • Fundos  imobiliários;
  • Fundos multimercado;
  • Entre outros.

Ou seja, antes de fazer qualquer investimento, busque por conhecimento para evitar cometer um dos 7 pecados capitais.

2º pecado – Escolher um fundo de investimentos apenas pela taxa de administração

Todos os fundos de investimento possuem três figuras-chave: um custodiante, um gestor e um administrador.

  • Administrador: funciona como um fiscal e um book-keeper do fundo, responsável por verificar se tudo o que foi acordado com os cotistas está sendo cumprido. É responsável pela parte burocrática do fundo;
  • Custodiante: guarda todos os documentos que garantem a propriedade dos ativos para os investidores. Ou seja, ele é o cofre;
  • Gestor: considerado o cérebro por trás das decisões do fundo.

Para arcar com os custos de todos esses profissionais, os fundos cobram uma taxa de administração. E muitas pessoas focam (erroneamente) nesse valor para escolher aplicações.

Imagine essa situação: de um lado você tem Warren Buffet lhe cobrando 3% ao ano para gerir um fundo de ações, enquanto em outro existe um estagiário de economia com uma taxa de 1%. Será que a melhor ideia é escolher o fundo de 1%?

3º pecado – Escolher os fundos com base nos rendimentos dos últimos 12 meses

Para explicar melhor esse pecado dos investidores, vamos usar um exemplo de 2010, onde solicitamos a seguinte comparação:

Como se comportava uma carteira de investimentos que usasse a estratégia de investir nos 10 melhores fundos de investimento dos últimos 12 meses em relação aqueles que terminariam o ano seguinte como os 10 melhores fundos de investimento.

Era claro que perderiam. Isso porque se a comparação é feita com os 10 que se tornaram os “novos” melhores, quaisquer outros 10 perderiam. Mas a dúvida era: seria uma boa briga ou uma derrota vergonhosa? Aconteceu o segundo caso.

Afinal de contas, para um fundo ter se destacado demais em relação aos demais e ter se tornado um dos 1% que mais renderam, teve de fazer alguma aposta extraordinária. E depois que se tornou um dos mais rentáveis, isto significa que a aposta foi encerrada.

Para que a rentabilidade se repetisse no futuro seria preciso que seu gestor fizesse outra aposta tão fantástica como aquela de antes. E ideias brilhantes não surgem todos os dias.

4º pecado – Não considerar o risco de liquidez dos investimentos

Esse é um pecado comum que pode ser facilmente evitado com um planejamento financeiro. Muitas pessoas encontram oportunidades de alta rentabilidade na renda fixa e não perdem tempo investindo.

Entretanto, na hora que precisam de dinheiro para uma emergência, descobrem que todas as suas economias estão presas. Por isso, é essencial considerar a liquidez de um investimento e a criação de um fundo de emergências para evitar esse tipo de problema, que pode sair caro.

Leia também: O que é liquidez corrente e qual a importância desse indicador para os investimentos

5º pecado – Investir em COEs

Você tem o costume de “dar um Google” toda vez que surge uma dúvida? Essa dica simples pode te ajudar em muitos momentos, como quando você decide investir em COEs (Certificado de Operações Estruturadas).

Se você pesquisar structured notes, a mesma coisa que COE em inglês, encontrará logo na primeira página do Google vários resultados bem parecidos, como “Buyer, BEWARE!, ou seja, “Comprador, TOME CUIDADO!”.

Essa opção, que chegou aos bancos brasileiros nos últimos anos, se tornou uma moda por oferecer às instituições financeiras margens enormes de lucros. Isso porque esse Certificado de Operações Estruturadas une ativos de renda fixa e renda variável em um só lugar. Ou seja, ele nada mais é do que uma embalagem.

Portanto, não podemos classificá-lo como um investimento bom ou ruim (o que determina a qualidade de um produto é seu conteúdo, e não sua embalagem). Mas é exatamente por ser uma embalagem pouquíssimo transparente que na maioria das vezes os COEs são uma péssima opção para o investidor.

6º pecado – Investir na caderneta de poupança

Se olharmos racionalmente para a poupança, entendemos que ela não deveria estar no portfólio de nenhum investidor. Entretanto, mais de 60% dos pequenos investidores ainda usam ela como seu principal investimento.

Apesar da poupança ser segura por ter a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil, existem outros investimentos que oferecem a mesma garantia com uma rentabilidade mais alta.

Para você entender: se a taxa de juros do país for acima de 8,5% ao ano ela rende a taxa referencial + 0,5% ao mês (ou seja, muito menos que os juros da economia).

Caso a taxa de juros do País fique abaixo de 8,5% ao ano – situação em que a poupança começaria a ficar interessante como investimento – aí a regra muda e ela passa a pagar somente 70% da taxa de juros. Ou seja, ela nunca deve ser uma opção.

Leia também: Investimentos para iniciantes: tudo que você precisa saber para começar a maximizar suas economias

7º pecado – Confundir PGBL e VGBL

Apesar deste não ser um pecado tão comum, é talvez o que pode causar maiores perdas para o investidor.

Hoje, só existem duas maneiras de se investir em planos de previdência privada: com um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou de um VGBL (Vida Gerador Benefício Livre).

A grande diferença destas duas modalidades é que por meio do PGBL você pode (memorize da seguinte maneira, PGBL tem o “P” de “Pode”) deduzir os seus aportes no plano da sua renda tributável no final do ano até um limite de 12% e no VGBL não.

Ou seja, se você ganha R$ 100 mil por ano, você pode declarar uma renda tributável de apenas R$ 88 mil seaplicar os outros R$ 12 mil em um plano PGBL.

Já quando o valor for resgatado lá na frente, você pagará um imposto sobre todo o saldo investido de seu PGBL – lembrando que se você escolher a tabela regressiva de IR, poderá pagar um imposto tão baixo quanto 10% contra 27,5% que pagaria sobre a renda.

Já a parte tributada de seu dinheiro (R$ 88 mil no nosso exemplo), você pode investir no VGBL. Quando resgatar o valor, pagará de imposto somente sobre o lucro do investimento (dado que o principal investido já é um dinheiro tributado).

O erro que muitas pessoas cometem é o de investir um dinheiro já tributado em um PGBL. Ou seja, além de pagarem o imposto antes de investir, pagarão novamente sobre TODO o valor investido (e não somente sobre o lucro, como deveria ser para um dinheiro já tributado).

Entendeu quais são os 7 pecados do investidor?

É claro que existem vários outros erros possíveis de serem cometidos por investidores. Mas ao se proteger destes 7 pecados capitais do investidor, é possível que sua vida se transforme da água para o vinho – no que diz respeito aos resultados de suas finanças.

E se você quer continuar melhorando suas finanças, não existe investimento melhor que o conhecimento.

Por isso, se você quer aprender mais sobre investimentos, assista essa aula gratuita em que o Eduardo Moreira ensina como construir, aumentar e preservar patrimônio em qualquer cenário econômico.

Equipe Edu Moreira

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Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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