A Taxa Selic é a taxa que o governo paga quando pega dinheiro emprestado. Por isso, ela também é conhecida como taxa básica de juros, justamente porque serve como a base para os juros de toda a economia do país.
Segundo o Banco Central, é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia para títulos federais. Ou seja, a taxa Selic é o valor de taxa de juros que o governo utiliza para pagar pessoas e instituições que investiram em seus títulos.
Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ou seja, só existe um valor correto e oficial, que é atualizado a cada 45 dias.
Sua variação existe de modo a tentar controlar a economia. Assim como as pessoas bem informadas, os bancos estão sempre procurando os melhores investimentos possíveis.
Então, se a taxa Selic aumenta, emprestar dinheiro para o governo pode se tornar uma ótima opção. O contrário acontece quando os valores caem.
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A taxa Selic afeta meu investimento?
Qualquer mudança na taxa básica de juros afeta os investimentos.
Pois é a partir dela que podemos avaliar se o investimento é atraente ou não, ou até mesmo calcular a remuneração da aplicação.
Taxa Selic e Renda Fixa
Os investimentos em renda fixa são, em sua maioria, atrelados a taxas de juros. Por isso, mudanças na Selic afetam diretamente o quanto cada um desses investimentos rende.
Ou seja, quando a taxa Selic é alterada, a rentabilidade desse investimento acompanha a mudança.
Isso se aplica para Letra de Crédito Imobiliário (LCI), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), além de outros títulos privados pós fixados, como o Tesouro Selic.
Já no caso de títulos prefixados, a situação é um pouco diferente. Se você já comprou um título que paga, por exemplo, 10% ao ano, a variação da Selic não afeta aquele rendimento.
Você poderá resgatar, no vencimento, o valor investido corrigido pela taxa combinada.
Taxa Selic e Renda Variável
Papéis de empresas não estão diretamente atrelados a taxas de juros, mas sofrem a influência das condições de mercado e da economia como um todo.
Cenários de queda dos juros facilitam o acesso a crédito para as empresas investirem na produção e na contratação de mão de obra, bem como incentivam as pessoas a consumirem mais, fazendo a economia se aquecer.
O que, por consequência, favorece a alta dos papéis.
O contrário também é verdadeiro: quando os juros sobem, fica mais caro obter crédito, e a economia reduz sua atividade.
Dessa forma, a tendência é que as ações tenham quedas por causa dos maus resultados das empresas.
A Taxa Selic e a Poupança
Ela influencia diretamente as variações no rendimento da poupança de duas maneiras e ambas podem ser vistas como negativas.
Em um caso, se a taxa Selic está em patamar maior que 8,5% ao ano, a poupança terá rendimento de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial. Ou seja, não chega a bater a inflação.
No outro caso, se ela for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança terá um rendimento equivalente a 70% da taxa Selic vigente no período. Então, o rendimento na poupança é minúsculo.
Variações das taxas
É possível consultar o valor da Selic no site do Banco Central. Por exemplo, em janeiro de 2018 esse valor foi de 0,58%, um aumento de 0,04% em relação ao mês anterior.
Esse pequeno aumento pode indicar uma tentativa do governo de controlar a inflação. Atualmente os valores estão baixos, atingindo nos menores números desde o início de 2013.
Já no âmbito anual, a previsão em 2018 é uma taxa acumulada de 7%. O valor baixo significa um bom momento para o reaquecimento da economia.
Taxa Selic e a inflação
Como o patamar dos juros é responsável pela quantidade de dinheiro circulando pela economia, a taxa Selic é diretamente ligada ao controle da inflação.
A lógica é simples: com juros menores, há mais incentivos para que o dinheiro circule. Ele passa a ser mais bem remunerado sendo investido no setor produtivo, por exemplo.
E com mais dinheiro circulando, a pressão inflacionária é maior. Isso funciona até que se encontre um ponto de equilíbrio entre a atividade econômica e o controle da inflação.
O patamar considerado baixo para a taxa de juros, no entanto, varia de país a país. No Japão, por exemplo, ela chega a ser negativa e isso não é o suficiente para aquecer a economia do país, que com frequência está em deflação.
Por outro lado, se a inflação subir mais do que o esperado, a taxa Selic anual também pode subir.
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Equipe Edu Moreira
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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