O consórcio já é um modelo de crédito bem conhecido do brasileiro, porém o mais comum são os de aquisição de bens, como o de imóveis e, principalmente, o de veículos. Mas existem outros diferentes tipos de consórcios e um deles é o de serviço.
O consórcio de serviços é uma modalidade especial de consórcio, pois não há nenhum bem sendo ofertado, mas prestação de serviços que podem envolver várias áreas. Ou seja, o consorciado não compra bens, mas sim serviços.
Ele apresenta muitas vantagens, como diversificação de planos, menores prazos e custos mais baixos.
É possível contratar o consórcio, por exemplo, para realizar cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, fazer uma festa de casamento ou formatura, pagar a faculdade ou outros cursos técnicos, de especialização ou de idiomas, ou até mesmo fazer aquela viagem dos sonhos.
Como funciona o consórcio de serviços
Assim como no consórcio de bens, uma administradora fica responsável por gerenciar a poupança conjunta de um grupo de pessoas. Basicamente, cada consorciado tem como dever realizar o pagamento mensal da parcela cabível.
A cada mês, ao menos um participante é contemplado com a carta de crédito, documento que garante que o consorciado tenha acesso ao serviço que demandou lá atrás, na assinatura do contrato.
O tempo de duração depende, pois pode durar de um a quatro anos. Se você for sorteado no final, terá que esperar para usar a carta de crédito. A não ser que você dê um lance e seja contemplado antes.
Uma vantagem da modalidade consórcio é a ausência de juros, mas você paga uma taxa para a administradora que está gerenciando a conta. Além disso, as parcelas podem sofrer reajuste uma vez por ano de acordo com alguns índices, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mostra a variação do custo de vida dos consumidores.
Você pode ser contemplado no sorteio mensal ou então dar lances em um leilão. Em alguns consórcios, o lance vencedor não será o mais alto e sim aquele em que o participante antecipar o maior número de parcelas do pagamento.
Isso acontece porque podem existir participantes com prazos e parcelas diferentes dentro de um mesmo grupo. Se você não vencer o leilão, sem problemas. Guarde o dinheiro e tente novamente em outro mês.
Manter pagamento em dia alivia o bolso
Atrasar o pagamento das parcelas não é uma boa ideia, pois as administradoras cobram juros e multa em cima da parcela atrasada. E se você atrasar muitas parcelas corre o risco de ser excluído do grupo. Se isso acontecer, é preciso esperar até o final do consórcio para resgatar seu dinheiro.
É possível transferir um consórcio de serviços caso não conseguir mais pagar. Neste caso, a pessoa compra a cota, mas você pode pagar uma multa e receber as parcelas pagas até então. Ou ainda pode buscar uma outra administradora e transferir o consórcio.
Como entrar em um consórcio de serviços
Como nos outros consórcios, é preciso procurar uma administradora e você tem algumas opções: entrar em um grupo em formação; comprar uma cota vaga ou de um consorciado que está saindo.
No primeiro caso, talvez seja necessário aguardar um certo tempo até que o número de pessoas exigido pela administradora seja atingido para dar início ao consórcio.
Sendo assim, informe-se se o grupo que deseja ingressar está em formação e qual é o prazo para a primeira assembleia antes de comprar o consórcio.
Caso queira comprar uma cota, o grupo já está formado e a entrada pode ser negociada. Se o consorciado estiver saindo, você pagará um valor à vista para ele, entrará no grupo e continuará pagando as parcelas como qualquer outro consorciado.
Vale saber que as administradoras não costumam apoiar essa prática, por isso, não fazem a mediação da venda.
Em qualquer uma dessas formas é necessário conversar com a administradora e conferir às regras. Confirme os valores das parcelas antes de assinar o contrato e saiba qual a duração do grupo, além de escolher prestações com um valor que você consiga pagar durante anos sem comprometer seu orçamento.
Fui sorteado! E agora?
Quando você for sorteado deve escolher que serviço vai comprar com a carta, fechar a compra e entregar a nota para a administradora, que fará o pagamento. Ou seja, você não recebe o dinheiro porque a administradora paga diretamente o prestador do serviço.
Se o serviço escolhido for mais barato, você pode usar o restante do dinheiro para quitar as parcelas do consórcio. Se for mais caro, dá para usar carta de crédito, mas você terá que completar o valor que falta.
Você pode usar a carta de crédito até o fim do pagamento do consórcio. Se você não quiser usar a carta de crédito na hora que for contemplado, a administradora irá aplicar o dinheiro e você poderá tirá-lo depois com os rendimentos da aplicação.
Vantagens do consórcio de serviços
Acredito que ao pensar em consórcio, a primeira vantagem que vem é a criação de uma poupança conjunta com os outros consorciados, buscando um objetivo a médio e longo prazos sem precisar fazer grandes sacrifícios financeiros.
O consórcio oferece vantagens significativas em comparação com outras opções de parcelamento, como o financiamento que possui como grande vilão os juros altos.
Por mais que as mensalidades possam ser corrigidas anualmente e exista uma taxa de administração, o consórcio normalmente não sofre a incidência de juros. Por essas e outras, os valores finais do consórcio costumam ser bem mais atrativos que os do financiamento.
Outro ponto importante é a acessibilidade. O consórcio pode ser iniciado mesmo que você não tenha dinheiro reservado, apenas garantido o pagamento das mensalidades.
É um investimento de médio a longo prazos, possui taxas fixas e previsíveis, você consegue estimar o tempo e os recursos necessários para atingir o seu sonho.
Você já conhecia o consórcio de serviços? É sempre uma ótima opção de investimento para quem não tem pressa de ser contemplado.
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Equipe Eduardo Moreira
Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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