O financiamento estudantil pode ser um grande aliado para quem deseja ingressar em uma faculdade. A porcentagem de brasileiros que possuem o nível superior não chega nem a 20%, segundo dados do IBGE. E o motivo, muitas vezes, é a falta de dinheiro para arcar com os custos de uma faculdade.
Essa modalidade de crédito, que você vai conhecer melhor neste artigo, pode tornar o sonho do nível superior mais próximo. Assim como a casa própria, o carro do ano ou outros bens, a faculdade pode ser financiada, pelo governo ou por instituições financeiras privadas.
Mas, será que vale a pena fazer um financiamento estudantil? A dúvida é muito comum entre os que cogitam ingressar na faculdade por esse meio. A resposta, porém, vai depender de vários fatores. É o que veremos a seguir.
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O que é financiamento estudantil
O financiamento estudantil é um recurso para facilitar a entrada no ensino superior. É oferecido por programa do governo federal ou por instituições financeiras privadas. Porém, cada instituição pode ter suas regras e tarifas.
Esse tipo de financiamento é ideal para quem não tem condição financeira de arcar com o valor integral da mensalidade todos os meses. Por isso, é uma forma de facilitar o pagamento, por meio de juros mais baixos e prazo maior.
Financiamento estudantil pelo Fies
O Fundo de Financiamento Estudantil, conhecido como Fies, é um financiamento público. Consiste em um programa do Ministério da Educação (MEC), instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001.
Esse financiamento é concedido a estudantes em cursos não gratuitos, em instituições de educação superior aderentes ao programa.
O Fies possibilita juros zero e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato. São duas modalidades:
1) Estudantes com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos – Nessa modalidade, são oferecidas vagas com juros zero. O estudante começa a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda, fazendo com que os encargos a serem pagos diminuam consideravelmente.
Durante o curso, o estudante paga mensalmente o valor da coparticipação, que corresponde a parcela dos encargos educacionais não financiada, diretamente ao agente financeiro.
Depois da conclusão do curso, deverá ser paga a amortização do saldo devedor do financiamento de acordo com a realidade financeira do estudante. Ou seja, a parcela da amortização será variável de acordo com a renda.
Se o estudante não tiver renda, será feito apenas o pagamento mínimo.
2) Estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos – Chamada de P-Fies, essa modalidade funciona com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento e ainda, com os recursos dos Bancos privados participantes.
Nesse caso, as condições de concessão do financiamento ao estudante serão definidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o estudante.
No entanto, o Fies sofreu algumas mudanças recentemente, e é importante conhecer em detalhes todas as regras para participar. Nesse link você pode conferir questões gerais sobre o novo programa, incluindo quem pode participar e as modalidades associadas a cada público.
Financiamento estudantil privado
O financiamento estudantil privado funciona como um empréstimo pessoal, com a finalidade de facilitar o ingresso na graduação.
Assim, o estudante contrata o financiamento, recebe o dinheiro para pagar a faculdade e depois precisa devolver o valor emprestado. Assim como no empréstimo, são aplicados juros e correção monetária.
Em relação ao Fies, o financiamento privado tem um prazo menor para pagamento da dívida. Além disso, não há limite máximo de renda familiar do estudante e não exige a participação no Enem.
É possível financiar até 100% do curso, mas normalmente precisa ser em faculdades conveniadas à instituição financeira.
Há diversas financeiras e bancos que oferecem essa modalidade. Em geral, o estudante faz uma contratação semestral. Cada semestre do curso pode ser pago em até um ano.
No caso de quem financia 100% de um curso de quatro anos, por exemplo, o prazo para quitar o financiamento será de oito anos.
Para participar, o candidato passa por etapas de simulação, análise da proposta, aprovação, envio de documentos e efetivação da matrícula.
Vale a pena fazer um financiamento estudantil?
Muitos fatores influenciam na resposta à pergunta acima. Vai depender da sua realidade financeira, sua renda atual e no futuro, da situação da sua família, além de outros quesitos.
A melhor recomendação é avaliar caso a caso. Mas, em geral, se você não tem condições financeiras de pagar uma faculdade, a dica é tentar as universidades e programas públicos do governo.
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E se o sonho da graduação depender de um financiamento estudantil, não será o fim do mundo. A seguir, colocamos em ordem as possibilidades mais indicadas para ingressar no nível superior. Vale seguir essa ordem e ir eliminando, até chegar no financiamento estudantil privado.
– Sisu: quem faz o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) depois pode se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O programa oferece vagas gratuitas em universidades públicas.
– ProUni: participando do Enem, também é possível se inscrever no Programa Universidade para Todos (ProUni). As bolsas de estudo são parciais e integrais, em faculdades privadas. Assim, a renda do estudante é um dos critérios para aprovação.
– Fies: caso não consiga se enquadrar no Sisu e no ProUni, você pode tentar o programa de financiamento estudantil do Governo Federal. Assim, você garante juros zero e maior prazo para pagar. Mas aqui também há requisitos de renda e desempenho no Enem.
– Bolsas de estudo: muitas faculdades realizam duas vezes por ano seus vestibulares para conceder bolsas parciais e integrais. Mas isso depende do desempenho do estudante na prova, e pode garantir mensalidades mais baixas ou a custo zero.
– Financiamento estudantil privado: no caso de se esgotarem todas as possibilidades acima, o financiamento estudantil privado pode ser a solução para facilitar seus estudos na faculdade. Porém, como o contrato é semestral, avalie se é necessário financiar o curso inteiro ou apenas uma parte, até você conseguir pagar integralmente as parcelas.
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Equipe Edu Moreira
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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