22 de abril de 2021

Tesouro Direto: o que é e como investir em 2021

Tesouro Direto: o que é e como investir em 2021

O Tesouro Direto tem sido uma opção para os investidores brasileiros que preferem investir em Renda Fixa. Emitido pelo Governo Federal, o Tesouro Direto chama atenção pela sua rentabilidade, o baixo valor mínimo exigido para o investimento e a segurança.

O que é e como funciona o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um título público, emitido pelo Tesouro Nacional, órgão do Governo Federal junto com a Secretaria do Tesouro Nacional.

Foi criado em 2002 através de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a BM&F Bovespa, atual B3. De acordo com o relatório do Tesouro Nacional referente a outubro de 2020, há mais de 8,6 milhões de pessoas cadastradas. O crescimento foi de 65,3% nos últimos doze meses.

Através deste investimento, você “empresta” dinheiro para o governo e recebe a quantia emprestada somada aos juros como pagamento.

Tesouro Direto ou Poupança: vantagens de desvantagens

Qual é a rentabilidade do Tesouro Direto em 2021?

O Tesouro Direto conta com títulos atrelados à inflação e à taxa Selic, além de opções com rendimento prefixado, definido por um indicador acordado em contrato.

Como a taxa básica está em 2% ao ano, o rendimento do Tesouro Direto está próximo a esse valor.

Mesmo com os indicadores mais baixos do que há alguns anos, o Tesouro Direto continua sendo uma boa opção tanto para quem está começando e precisa de investimentos mais seguros, quanto para os investidores mais experientes, como forma de diversificar a carteira.

Tesouro Selic

O Tesouro Direto tem sido uma opção para os investidores brasileiros que preferem investir em Renda Fixa

Vantagens do Tesouro Direto

É um investimento que se adapta a diversas estratégias

O Tesouro Direto pode ser uma opção de investimento para quem tem objetivos a curto, médio ou longo prazo. Basta analisar os títulos disponíveis e contar com a atuação dos juros compostos.

É fácil

Investir no Tesouro Direto é muito simples. Você só precisa ter acesso à internet e ter uma conta em uma instituição financeira.

Muito seguro

O Tesouro Direto é um investimento de baixo risco, não só por ser Renda Fixa, mas, principalmente, por ser emitido pelo governo. A possibilidade de quebra do Estado é muito baixa, mais baixa do que a de outras instituições financeiras.

Liquidez diária

Você pode solicitar o resgate do Tesouro Direto a qualquer momento. O próprio governo recompra o título e em apenas um dia útil o dinheiro já está na sua conta.

Dá para investir com pouco dinheiro

Em 2021, por exemplo, você pode se tornar investidor com apenas R$106,00. O Tesouro Direto é muito acessível e pode ser a porta de entrada para o mundo dos investimentos para pequenos investidores.

5 perguntas para fazer antes de investir no Tesouro Direto

Desvantagens do Tesouro Direto

Taxas

Qualquer investimento possui custos, que são as taxas e impostos. De acordo com o valor investido e o prazo de aplicação, eles tomam uma parte dos seus ganhos.

No caso do Tesouro Direto, são cobrados:

  • IOF: apenas nos primeiros trinta dias da aplicação;
  • Taxa de custódia: cobrada semestralmente pela B3 para a guarda dos papéis e a segurança das suas informações pessoais. O total é de 0,25%/ano. Desde  01/08/2020, o Tesouro Direto isentou a taxa de custódia cobrada pela B3 sobre os valores aplicados no título Tesouro Selic até o estoque de R$ 10.000,00.
  • Imposto de Renda: que incide apenas sobre os rendimentos e de forma regressiva. A tabela regressiva é a seguinte:
    • Aplicações de até 180 dias: 22,5%
    • Aplicações entre 181 e 360 dias: 20%
    • Aplicações entre 361 e 720 dias: 17,5%
    • Aplicações maiores do que 721 dias: 15%.

Risco de venda

A rentabilidade só é garantida se você não resgatar o valor antes do prazo de vencimento. Se precisar vender antes, corre o risco de receber um valor menor do que pagou. Os preços dos títulos no mercado flutuam de acordo com as oscilações na taxa básica de juros.

De forma simplista: quando a taxa Selic sobe, o preço dos papéis diminui.

Tipos de Tesouro Direto

Tesouro Selic (LFT)

A Letra Financeira do Tesouro (LFT) é uma modalidade de investimento em títulos de renda fixa com rentabilidade diária atrelada à taxa básica de juros da economia e é popularmente conhecida como Tesouro Selic.

Aqui é considerada a taxa média de juros das operações diárias e é ideal para quem busca rendimentos pós-fixados..

Tesouro Prefixado (LTN)

Letra do Tesouro Nacional (LTN) ou Tesouro Prefixado está atrelado somente à rentabilidade prometida na compra. É indicado para quem acredita que a taxa de juros oferecida será maior do que a inflação do período.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

Outra opção de investimento prefixado é o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. A principal diferença entre ele o LTN é que no NTN-F há pagamento periódico dos rendimentos (a cada seis meses), não precisando esperar o vencimento para poder resgatar seus ganhos de capital.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

Já a Nota do Tesouro Nacional Série B Principal (Tesouro IPCA+) usa os valores da inflação como indexador de rentabilidade e rende juros semestrais, como o NTN-F. Porém, o valor rendido é somado ao total de rendimentos do título e seu resgate se dá apenas no vencimento..Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

A Nota do Tesouro Nacional Série B com Juros Semestrais, assim como a NTN-F, possui pagamento periódico dos rendimentos, a cada seis meses, não precisando esperar o vencimento para poder resgatar seus ganhos de capital. E é atrelada ao IPCA.

Como escolher a melhor opção de Tesouro Direto?

O melhor é você avaliar as características de cada título e entender qual atende melhor os seus objetivos.

Se você pretender construir uma reserva de emergência, procure saber mais sobre o Tesouro Selic. Ele é o que possui maior liquidez e é o menos arriscado, pois está atrelado à taxa básica de juros.

Dependendo dos altos e baixos da inflação, os títulos NTN-B e NTN-B Principal são interessantes por oferecerem ganhos reais ao investidor.

Previdência Privada ou Tesouro Direto: como escolher?

São indicados para investimentos de longo prazo, pois em suas rentabilidades já está incluída a inflação do período. Dessa

forma, você não perderá dinheiro por desvalorização da moeda.

Se você já tem conhecimento de mercado e busca um investimento a médio prazo, o Tesouro Prefixado é uma opção dependendo das perspectivas para o cenário de juros da economia.

CDB x Tesouro Direto

Como já explicado em outro artigo, o CDB é um título privado, emitido por instituições financeiras. Diferente do Tesouro Direto, o CDB tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.

Porém, os títulos públicos são considerados mais seguros, pois o governo tem menos chances de falir do que uma financeira.

Alguns CDBs têm menor liquidez, pois alguns CDBs não possuem liquidez diária. Então, ele costuma ser recomendado para o médio e longo prazos.

Para decidir entre CDB ou Tesouro Direto, verifique sempre: a taxa de rentabilidade, o tempo de aplicação, os riscos envolvidos e a liquidez.

Como investir em Tesouro Direto em 2021

Para investir em Tesouro Direto é necessário se cadastrar no site do Tesouro Direto e ter conta corrente em uma instituição financeira ou um banco.

Com o cadastro feito no site e na instituição financeira, você pode encontrar investimento ideal para as suas necessidades e definir o valor da aplicação. O sistema ajustará o valor ou a quantidade, respeitando o fracionamento dos títulos.

Confira o passo a passo para investir no Tesouro Direto.

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Equipe Edu Moreira

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Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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