21 de outubro de 2020

5 perguntas para fazer antes de investir no Tesouro Direto

5 perguntas para fazer antes de investir no Tesouro Direto

Investir no Tesouro Direto é uma boa opção para quem precisa ter uma reserva de emergência ou deseja realizar algum projeto pessoal e profissional. Para isso, é necessário ter um orçamento garantido a curto e a longo prazo.

Mas quando se fala em investir, nem todo brasileiro entende todas os tipos de investimento que o mercado oferece, como fundos imobiliários, poupança, bolsa de valores, títulos privados, fundos de investimentos, entre outros.

No entanto, qualquer investidor, seja ele iniciante ou não, já ouviu falar do Tesouro Direto. Este modelo é um dos mais seguros e rentáveis, além de ser acessível, permitindo aplicações a partir de apenas R$105.

E se você quer sair da poupança, mas não quer correr tantos riscos, esse é um dos investimentos mais indicados.

Para ficar por dentro de tudo sobre esse modelo, separamos 5 perguntas para fazer antes de investir no Tesouro Direto. Confira!

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1) Como funciona o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a Bolsa de Valores (B3). Por meio dele, ocorre a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas. O modelo e as transações são 100% online.

Lançado em 2002, o programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir de R$30.

No Tesouro Direto é possível investir em títulos com diferentes tipos de rentabilidade, como os que listamos a seguir.

Tesouro Prefixado (LTN)

Nesse caso, a rentabilidade é pré-definida, ou seja, possui uma taxa fixa, no momento da compra.

O pagamento é feito no momento do vencimento e, desde o início, o investidor sabe quanto irá receber.

Com esse título, você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento.

Tesouro Selic

Esses títulos contam com uma rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia.

Nesse caso, o investidor ganha conforme a variação da taxa Selic.

Tesouro IPCA

O investimento nesse modelo de título permite ganhos conforme os juros e esse ganhos variam de acordo com a inflação mais uma taxa prefixada.

Portanto, tem um modelo híbrido de taxa, com parte pré-fixada e parte pós fixada.

Requisitos para investir

Para investir no Tesouro Direto, basta ter um Cadastro de Pessoa Física (CPF) e uma conta corrente ou poupança, em qualquer banco ou corretora financeira.

2) Tesouro Direto é melhor que poupança?

O investidor que não deseja correr riscos, normalmente, tende a migrar da poupança para o Tesouro Direto. Isso ocorre porque há títulos que oferecem  liquidez diária, ou seja, o resgate do valor investido pode ser feito em apenas 1 dia útil.

No entanto, títulos prefixados ou IPCA podem gerar perdas, caso o resgate seja feito antes do vencimento. Nesse caso, a poupança sairia na frente, já que não há prejuízos ao sacar o dinheiro investido.

Por outro lado, a poupança tem uma fama de “dinheiro parado”, que não rende praticamente nada ao investidor, já que a correção pode ficar abaixo da inflação e sempre será inferior a Selic. Mas para saber se um vale mais que o outro, entender a taxa Selic é essencial.

Atualmente, a taxa Selic foi reduzida a 2% ao ano. Desta forma, os investimentos mais conservadores, como Tesouro Direto e poupança tendem a ser menos lucrativos e rentáveis nesse momento.

Porém, se o investidor não deseja correr riscos e, ainda assim, quer aplicar um valor por um período acima de um ano, o Tesouro Direto é o mais indicado.

Isso porque apesar de não ter taxas, a poupança ainda assim tende a ficar abaixo da inflação e sempre renderá menos que a Selic, não gerando ganhos reais.

3) Quanto custa investir no Tesouro Direto?

Como falamos aqui, é possível investir no Tesouro Direto com apenas R$105. Depois, o investidor pode aumentar o valor e até a frequência com que aplica o seu dinheiro.

O preço de investimento dos títulos públicos é calculado com base nas taxas praticadas pelo mercado, na data de liquidação da compra.

Quando o investidor opta por fazer o resgate antes do vencimento desse título, no entanto, o preço é calculado pelo Tesouro Nacional com a aplicação de uma outra taxa, chamada de spread, sobre o preço de compra no caso de resgate antecipado.

De acordo com o site do Tesouro Direto, os preços de compra e venda dos títulos estão disponíveis no portal.

Além dos valores dos títulos, o investidor também deve ficar por dentro das taxas cobradas pela B3 e pela corretora ou banco, assim como os impostos aplicados.

4) Quais os riscos de investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros do mercado, já que o governo tem diversos meios para honrar a dívida e pagar ao investidor.

No entanto, como todo investimento, o Tesouro Direto também possui riscos que devem ser avaliados antes de realizar a aplicação.

São eles:

Risco de crédito: relacionado à capacidade de pagamento do Tesouro Nacional. Nesse caso, o governo federal teria que “quebrar” para não devolver o dinheiro ao investidor.

Risco de mercado: nesse caso, a rentabilidade dos títulos só tem garantia na data de vencimento (resgate). Ou seja, caso o investidor precise vender o seu título antes do prazo, é possível ter ganhos ou perdas. Isso porque títulos prefixados estão diretamente ligados à inflação e podem variar conforme o mercado.

Risco de liquidez: se o investidor optar pela venda do título no mercado secundário, é possível que o valor de resgate seja abaixo do esperado. Neste caso, o ideal é sempre levar o investimento até o vencimento.

5) Quais as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto?

Todo investimento conta com pontos positivos e negativos. Aqui no Blog nós já comentamos sobre o Tesouro Direto em relação à Previdência Privada e ao CDB por exemplo.

No caso do Tesouro Direto, reunimos algumas vantagens e desvantagens, que todo investidor precisa saber antes de investir nesse modelo. Confira!

Vantagens

  • Baixo risco
  • Baixo custo
  • Previsibilidade
  • Alta liquidez
  • Acessível
  • Boa rentabilidade a longo prazo
  • Possibilidade de reinvestir

Desvantagens

  • Possível perda de rentabilidade na venda antecipada
  • Desconto do Imposto de Renda
  • Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF)
  • Taxa de custódia

Agora que você já sabe tudo sobre o Tesouro Direto, que tal contar o que achou desse modelo de investimento?

Se você quer aprender mais sobre investimentos, assista essa aula gratuita em que o Eduardo Moreira ensina como construir, aumentar e preservar patrimônio em qualquer cenário econômico.

Equipe Edu Moreira

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Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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