
Para quem está começando na vida financeira, é fácil ter dúvidas diante das tantas siglas que existem, como por exemplo: CDI, FGC, IPCA, IOF, entre outras. Mas nada tema! Hoje você irá entender do que se trata o CDB, seus tipos, vantagens, se vale a pena, entre outras questões essenciais.
Como funciona o CDB
A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Mas o que é e para que serve? Se trata de um investimento – e um dos mais populares no Brasil.
Funciona assim:
Você adquire um título de crédito de um banco ou instituição financeira. A partir deste momento, a empresa em questão te deve e tem o compromisso de comprar de volta aquele papel, pela quantia investida mais juros.
Empresas aderem a esse tipo de investimento para obter recursos financeiros, com a finalidade de emprestar para outros clientes sob diversas formas, como empréstimos pessoais, cheque especial, cartão de crédito, capital de giro, entre outros.
Tipos de CDB
Existem três tipos de CDB: os pós-fixados, pré-fixados e híbridos.
Pós-fixados
Neste tipo de CDB, o valor que deve ser recebido pelo investidor se baseia em um indexador de referência, sendo este, geralmente, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é calculado com base no valor médio diário de empréstimo entre os bancos. O CDB pós-fixado paga um percentual fixo do CDI.
Para exemplificar: Imagine que investiu em um CDB que paga 95% do CDI; se o CDI estiver a 10% ao ano, o CDB irá render 9,5% ao ano, sendo que pode variar anualmente.
Vale lembrar que é possível encontrar CDBs que pagam 90% do CDI, 100% do CDI, 110% do CDI e assim por diante. Entende-se assim, que a rentabilidade depende do CDI.
Por este motivo, é importante ficar atento quando estiver fazendo uso do CDB pós-fixado; o percentual pode mudar de um banco para outro. O ideal seria verificar os percentuais anteriores antes de investir, e ver se vale a pena.
Pré-fixados
Diferente do CDB pós-fixado, no pré-fixado o investidor sabe exatamente quanto irá receber de retorno. A taxa é combinada com o banco e deve ser cumprida durante o prazo de validade do título. Por exemplo, se você decidir investir num título que possui taxa de 5% ao ano, você irá receber exatamente isso, sem precisar se preocupar.
Os CDBs pré-fixados possuem a rentabilidade pré-definida no momento da contratação. A rentabilidade é fixa independente de qualquer indicador; ou seja, você receberá sempre a mesma porcentagem.
Híbrido
Nada mais é do que uma união dos dois anteriores. Neste aqui, além de pagar uma taxa pré-fixada, ele acompanha o IPCA (a inflação). Você recebe uma parte da rentabilidade como pré-fixada e a outra parte como pós-fixada. Isso pode ser muito vantajoso dependendo do cenário financeiro.
Qual é a melhor opção: CDB pós-fixado, pré-fixado ou híbrido?
Não há forma de definir qual é o melhor; cada um tem suas vantagens, e a escolha vai depender do que você pretende fazer.
Primeiro de tudo, é importante considerar os seus objetivos ao investir; se tem pressa, se quer algo previsível, entre outros fatores pessoais.
Depois disso, o recomendado é analisar a situação financeira do país no momento do investimento; se a inflação começar a subir, por exemplo, seria mais interessante o uso do CDB pós-fixado, sendo este a melhor opção para evitar riscos diante de cenários financeiros desfavoráveis (é a opção mais independente, digamos assim).
Vale lembrar que quanto maior o risco, mais chances de ter bons resultados, porém, há menos segurança. Então a escolha é um tanto pessoal.
Outra forma de decidir é fazendo uso de calculadoras que simulam quanto você lucraria ao investir certos valores no pós ou pré-fixado. Também seria de ajuda conversar com o seu banco e tirar quaisquer dúvidas que você ainda possa ter.
Perguntas comuns sobre CDB
Existe algum risco em investir em CDB?
No geral, o investimento em CDB é um dos mais seguros, porém, também não está 100% livre de riscos, sendo o principal o banco não honrar com o compromisso feito.
Porém, o investimento é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito, até o limite de R$ 250 mil (por CPF e por instituição financeira). Inclusive, você pode investir até mais que isso, desde que divida entre diferentes bancos ou em diferentes nomes (marido e esposa, por exemplo).
Qual é o Imposto de Renda do CDB?
Este é um assunto que gera dúvidas nos investidores iniciantes, mas não há muito o que temer: o Imposto de Renda é feito de forma regressiva, então quanto mais tempo permanecer no investimento, menor é o Imposto de Renda.
Além disso, só é preciso declará-lo sobre o montante de rendimento. Se você investiu R$ 200 mil e resgatou R$ 210 mil, o Imposto de Renda só tocará nos R$ 10 mil de lucro. Então não há possibilidade de perder mais do que lucrou.
CDB é para que tipo de investidor?
Isso depende dos objetivos e metas de cada pessoa, dito isso, o CDB é uma boa opção para investidores que não querem correr muitos riscos e procuram retornos superiores aos da poupança, havendo prazos menores, mais comodidade para o resgate do dinheiro e mais segurança.
Como investir em CDB
Você pode investir em CDB em 5 passos:
- Primeiro estabeleça seus objetivos: quanto pretende investir, o prazo que deixará o capital aplicado e quais metas deseja atingir;
- Depois, escolha em qual banco irá investir. Lembre-se de que não precisa investir no banco do qual faz parte atualmente; você pode pesquisar qual banco irá lhe oferecer mais lucro e mais benefícios;
- Abra uma conta de investimentos, assim terá acesso à títulos de diversas instituições, com diferentes prazos e rentabilidades.
- Escolha o título (pré-fixado, pós-fixado, híbrido) mais adequado de acordo com seus objetivos e planejamento inicial. Como já ensinamos, compare e veja qual será mais lucrativo e te dará mais benefícios;
- Invista seu dinheiro e acompanhe os números. Agora é só ficar de olho nos seus lucros!
Agora que você já sabe como investir em CDB, comece agora mesmo! Conte para nós sua experiência.
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Equipe Eduardo Moreira

Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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