O investimento em Renda Fixa tem muitas vantagens, principalmente para quem tem um perfil mais conservador. Quando você opta pelo investimento em Renda Fixa você compra títulos públicos ou privados, emprestando dinheiro ao emissor do papel, que pode ser o Governo, empresas ou bancos. O retorno financeiro será os juros até a data de vencimento do título.
As principais vantagens de investir em Renda fixa são: a segurança do retorno; a diversificação devido a possibilidade de investir em títulos de empresas de vários setores da economia; a previsibilidade do rendimento; a liquidez e a cobertura pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
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Como o investimento em Renda Fixa é tributado?
A tributação dos investimentos de Renda Fixa segue um padrão e são sujeitos a uma tabela regressiva de imposto de renda. Ou seja, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menos imposto será tributado na hora do saque.
Indicadores de Rendimento de Renda Fixa
Os rendimentos desta categoria são mensurados principalmente por três indicadores:
O CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro: que representa a média dos juros dos empréstimos realizados diariamente pelos bancos entre si. O CDI e a Selic caminham muito próximos um do outro. Normalmente, as duas taxas são praticamente as mesmas.
A Selic: que é a taxa básica de juros da economia brasileira. A meta para a Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Ela serve de referência para o governo remunerar os investidores que compram seus títulos de dívida e baliza todas as operações que envolvem crédito no país, inclusive os de renda fixa.
Taxa Referencial (TR): que corrige o rendimento da poupança, por exemplo, e é calculada a partir da média ponderada das taxas dos juros pagos, diariamente, pelos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) prefixados, emitidos por 30 instituições financeiras.
Como calcular a rentabilidade dos investimentos em Renda Fixa?
O cálculo da rentabilidade varia de acordo com o tipo de investimento feito. As três formas mais tradicionais de remuneração são:
Papéis prefixados: quando os juros são fixos e estabelecidos quando as aplicações são lançadas. Neste caso, o investidor consegue saber exatamente quanto receberá no fim do período.
Papéis pós-fixados: quando a remuneração é atrelada a algum indicador de referência, como CDI ou Selic. O investidor que opta por títulos pós-fixados sabe qual indicador será aplicado, mas não tem certeza de quanto vai receber no vencimento, pois a taxa varia ao longo do tempo.
Papéis híbridos: são uma mescla das duas formas anteriores. Títulos atrelados à inflação, por exemplo, pagam uma taxa prefixada mais a variação do IPCA ou outro índice.
10 tipos de investimentos em Renda Fixa
Títulos Públicos
1. TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS / TESOURO DIRETO
Os Títulos Públicos são emitidos pelo Governo, por meio do Tesouro Nacional, para captar recursos que financiam a atividade pública. São vistos pelo mercado como investimentos de baixo risco.
O preço dos Títulos Públicos é uma estimativa do valor a ser recebido no futuro, corrigido por uma taxa de juros determinada. A relação entre a taxa de juros e o preço é inversamente proporcional: quando a taxa de juros cai, o preço sobe.
A remuneração pode ser pré ou pós-fixada, com liquidez diária pelo Tesouro Direto e cotação diária pela Mesa de Operações, tanto para venda quanto para compra. Ideal para metas a longo prazo.
Leia mais sobre o assunto em 5 perguntas para fazer antes de investir no Tesouro Direto
Títulos Privados
2. CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO
O CDB é o principal instrumento de captação dos bancos, com objetivo de financiar suas atividades. Através dele, você empresta dinheiro aos bancos em troca de uma rentabilidade (juros).
A liquidez é diária após o período de carência e sua aplicação é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores até R$ 250 mil, por CPF ou CNPJ, por instituição.
Ambos têm incidência de imposto de renda para pessoa física, tributado de acordo com a tabela regressiva.
3. DEBÊNTURES
As Debêntures são títulos de créditos emitidos por empresas de vários ramos, com o objetivo de financiar investimentos e fornecer capital de giro.
Esse tipo de investimento tem uma grande variedade de emissores, o que é bom para diversificar a carteira. São negociadas no balcão e registradas na Cetip ou no BovespaFix, mas não contam com a proteção do FGC.
4. LCI – LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
A Letra De Crédito Imobiliário financia o setor imobiliário e só pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central. Os créditos imobiliários são geralmente garantidos por hipoteca ou alienação fiduciária do imóvel. Possui isenção de Imposto de Renda, IOF e a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores inferiores a R$250 mil por instituição.
5. LCA – LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO
Assim como o LCI financia o setor imobiliário, o LCA financia o setor de agronegócio. Assim como as LCIs, também possui isenção de Imposto de Renda, IOF e a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
6. LETRA DE CRÉDITO / LETRA DE CÂMBIO
Neste título de renda fixa você empresta dinheiro para instituições financeiras, com o objetivo de financiar suas atividades. Você empresta dinheiro às financeiras em troca de uma rentabilidade preestabelecida.
Tem baixa liquidez e está assegurado pelo FGC, além de estar registrado na Cetip.
7. LETRA FINANCEIRA
Este título de renda fixa é um instrumento de captação de recursos exclusivo das instituições financeiras. Neste tipo de investimento, você não pode fazer o resgate total ou parcial antes do vencimento e o investimento mínimo é de R$50 mil.
8. CRI – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS
Este título só pode ser emitido por companhias securitizadoras, responsáveis por estruturar os créditos imobiliários e transformá-los em CRIs.
A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada.
9. CRA – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO
Os títulos do agronegócio têm como objetivo viabilizar o financiamento do setor com recursos privados.
É possível que a remuneração seja atrelada à inflação + ganho real (prêmio) e são negociados no balcão e registrados na Cetip ou no BovespaFix. É um tipo de investimento em Renda Fixa de longo prazo.
10. DPGE – DEPÓSITO A PRAZO COM GARANTIA ESPECIAL DO FGC
É um título de Renda Fixa de depósito a prazo criado para auxiliar instituições financeiras a captar recursos e assegurar liquidez às instituições de menor porte em ambiente de maior aversão a risco. Possui emissão mínima de R$ 1 milhão e prazo máximo de 24 meses, sem a opção de resgate antecipado. A taxa pode ser pré ou pós-fixada e o valor máximo garantido do total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição financeira ou conglomerado financeiro associado ao FGC é de R$ 40 milhões.
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Equipe Edu Moreira
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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