9 de outubro de 2018

Como se planejar financeiramente para estudar no exterior

Como se planejar financeiramente para estudar no exterior

Cada vez mais jovens estão saindo do Brasil para estudar, seja para fazer a graduação, um curso profissionalizante ou de pós-graduação. Apesar da desvalorização do real frente a outras moedas, como o dólar e o euro, é possível se planejar financeiramente para estudar no exterior.

Pensando nisso, separamos algumas dicas que podem te ajudar na hora de concretizar o seu sonho.

Como se planejar financeiramente para estudar no exterior

#1. Defina o seu objetivo

Tudo na vida financeira precisa seguir uma meta traçada no início do planejamento. Neste caso você precisa responder as seguintes perguntas:

  • O que vou efetivamente fazer no exterior?
  • O que pretendo como resultado?
  • Com essa especialização/mestrado/MBA vou ganhar melhor, ter outro cargo, ir para outra empresa, melhorar meu currículo para ter novas oportunidades no mercado de trabalho?

Depois de responder, lembre-se que “quando você tem um sonho, você precisa saber quanto ele custa”.

#2. Faça um diagnóstico financeiro

Registre a sua renda mensal, quais são seus custos e quanto consegue poupar para este objetivo todo mês. É imprescindível que você tenha uma real noção de como anda a sua saúde financeira antes de começar a planejar qualquer coisa.

Aprenda a fazer um controle financeiro através de tabela do Excel e mapeie o seu dinheiro.

#3. Cuidado com o câmbio

O planejamento precisa ser feito na moeda do país. O risco cambial é algo que está voltando a ficar relevante, se você não se planejar e cuidar para não comprar a outra moeda a preços exorbitantes, seu projeto pode ser inviabilizado.

#4. Saiba o valor do seu projeto

É claro que o valor do seu projeto dependerá do país escolhido, da escola/universidade e o tempo que vai ficar. Além disso, tem que considerar que os valores sofrem reajustes anuais.

#5. Sofra por antecedência

Planejamento é fundamental e, quanto antes você começar, mais fácil será. Você precisa se preocupar com os problemas antes que eles aconteçam, para ter tempo hábil de evitá-los.

#6. Procure bolsas

Algumas instituições de ensino fornecem bolsa de estudos para que os alunos permaneçam. Confira se a instituição que está interessado possui esse benefício. Há instituições que não fornecem bolsas, mas realizam empréstimos. A vantagem é que, ao final do curso, você paga apenas a correção monetária do valor recebido, e não os juros.

Outra possibilidade é buscar financiamento junto às próprias universidades. Além dos juros serem mais baixos e do prazo para pagamento ser muito maior (em alguns casos chega a 30 anos), pode-se começar a pagar mais tarde.

Uma das instituições especializadas em intercâmbios é a AIESEC. Os interessados precisam ter entre 18 e 30 anos, estar cursando graduação ou pós-graduação, ou ter se formado há 2 anos.

#7. Invista

Uma possibilidade de investimento é investir em fundos cambiais. São títulos de renda fixa emitidos em outras moedas estrangeiras, tais como CDB e Títulos do Tesouro Direto.

É um investimento disponível em bancos e instituições financeiras, que não tem prazo mínimo para resgate, mas tem taxa de administração. No entanto, mesmo com essas taxas, vale a pena.

Outra forma é a velha caderneta de poupança. Se você é jovem e ainda não tem muita intimidade com assuntos bancários, abra uma conta-poupança em um banco e vá depositando mensalmente um valor.

Lembre-se que este dinheiro não poderá ser mexido, ele estará lá para quando você precisar pagar as matrículas e a mensalidade.

O que considerar em cada região

Antes de escolher o destino, confira atentamente as dicas a seguir. Elas poderão nortear e ajudar a decidir sobre qual é o melhor lugar para você estudar no exterior.

Os Estados Unidos

Em média, para estudantes de outros países, o custo anual de uma faculdade particular fica entre US$ 15 mil e US$ 30 mil; já as públicas ficam entre US$ 10 mil e US$ 20 mil ao ano. Por fim, as chamadas faculdades comunitárias são ainda mais financeiramente viáveis.

Na Community College of Philadelphia, por exemplo, o sistema é por créditos/hora e os valores partem dos US$ 159 por cada.

Europa

É dezessete vezes mais cara uma matrícula em licenciatura no sistema público português do que na Alemanha. Vários países da Europa do Norte não cobram nenhum valor pela matrícula na universidade, como é o caso da Dinamarca, da Finlândia e da Suécia.

Também na Grécia e na Turquia, a matrícula na universidade é gratuita. Essas informações são do estudo feito pela Confederação Sindical de Comissões Obreiras (CCCO). Muitos países não autorizam que estudantes europeus trabalhem durante o tempo do intercâmbio, porém isso vem mudando a cada ano.

Malta, por exemplo, aprovou uma nova lei em 2018 que permite que estudantes de fora da Europa possam trabalhar durante o período do intercâmbio. Em Portugal existe uma lei que permite um regime de trabalho diferenciado para o trabalhador-estudante.

Nova Zelândia

Destino bem cotado para quem deseja turbinar o inglês e fugir das regiões mais procuradas, a Nova Zelândia vai além das escolas de idioma. O país também apresenta opções de excelência em ensino superior, em especial, nas áreas tecnológicas.

Por isso, um dos pontos iniciais a serem analisados tem a ver com os valores para, de fato, começar um curso por lá – seja de idiomas, de graduação, de mestrado ou de doutorado.

O governo neozelandês dá bolsas de estudos para estrangeiros que desejam ir ao país. Entre os pré-requisitos estão ter até 39 anos; no mínimo, um ano de experiência profissional e comprometer-se a retornar ao Brasil por pelo menos dois anos, após a conclusão do curso.

Também é necessário enviar currículo acadêmico e comprovar proficiência em inglês, idioma oficial do país, através de testes padronizados, como TOEFL e IELTS. A bolsa pode ser de seis meses a quatro anos, dependendo do programa. Ah! Não esqueça do Seguro Viagem.

Caso uma graduação inteira seja pesado financeiramente, confira os intercâmbios para aprender ou aperfeiçoar uma língua, ou então pesquise as instituições que permitem intercâmbio entre universidades, como o Santander e algumas Instituições de Ensino Superior.

E aí, você já tem o destino da sua viagem? Conte para nós! 

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Equipe Eduardo Moreira

Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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