20 de abril de 2020

Quais são os riscos da renda fixa

Quais são os riscos da renda fixa

A renda fixa aparece sempre como uma opção de investimento seguro. Isso porém, não significa livre de riscos. E este material é justamente sobre os riscos da renda fixa.

Na verdade, os riscos estão associados a qualquer ativo financeiro. Afinal, risco é simplesmente a possibilidade do esperado não acontecer.

Em relação aos riscos da renda fixa o mais comum é o risco de crédito. No entanto, há também o risco de liquidez e o risco de mercado.

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Risco de crédito

Renda fixa é um termo que se refere a qualquer tipo de investimento que possui regras de remuneração definidas no momento da aplicação em um título de dívida. Ou seja, o investidor empresta dinheiro para empresa ou banco a fim de receber de volta o valor do empréstimo, acrescido de juros, em uma data determinada.

Assim como ao emprestar dinheiro para um amigo há o risco de não receber o dinheiro de volta, o mesmo acontece ao emprestar dinheiro para o governo, para o banco, ou para uma empresa.

riscos da Renda fixa

O risco de crédito é um dos riscos da renda fixa.

Sabendo disso, é possível associar o risco de crédito ao risco de inadimplência, ou seja, à possibilidade do emissor não pagar a dívida.

Este é, inclusive, um risco que só existe em instrumento de renda fixa, isso porque, os investimentos em renda fixa têm prazo e taxa previamente conhecida, que representa a dívida.

Dentre os tipos de investimentos em renda fixa disponíveis existe uma hierarquia de riscos que vai do título com menor probabilidade de não pagamento, ao título com maior risco de inadimplência, confira:

  • Tesouro Nacional
  • Bancos de primeira linha
  • Outros bancos
  • Empresas S/A não financeiras

Os títulos do Tesouro Nacional são os que têm o risco quase zero. Afinal, o governo consegue emitir novas dívidas para pagar as antigas. Apesar desta esteira de pagamentos ser prejudicial para economia em geral, é uma maneira do governo conseguir arcar com o pagamento dos títulos.

Já os bancos contam com o Fundo Garantidor de Créditos – FGC. O objetivo do fundo é proteger depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, dentro dos limites estabelecidos pela regulamentação.

O valor máximo garantido a cada pessoa, física ou jurídica, contra as instituições é de R$ 250.000,00 por instituição e por CPF ou CNPJ. No entanto, é preciso estar claro que, o fundo é uma proteção ao investidor, ou seja, não garante que o título está livre de risco.

Por fim, as empresas S/A não financeiras são os títulos que não apresentam qualquer tipo de proteção ao investidor, por isso, ao investir em títulos emitidos pelas empresas, os investidores estão mais expostos ao risco de crédito.

Risco de liquidez

A liquidez de um investimento é a facilidade com a qual é possível usar o dinheiro investido. O dinheiro na poupança, por exemplo, tem uma alta liquidez, afinal ele está disponível para ser usado a qualquer momento.

Já o dinheiro alocado em um CDB de 3 anos, tem uma liquidez baixa, pois retornará à conta apenas na data prevista, após os 3 anos.

Uma “regra” do mercado financeiro é que quanto menor a liquidez do investimento, maior será o retorno previsto, visto que o investidor não poderá usar o dinheiro por um longo tempo.

Por isso, os títulos de renda fixa de longo prazo, com resgate apenas no vencimento, tendem a pagar juros maiores. Afinal, o juro maior é como a recompensa por não usar o dinheiro por esse período de tempo.

A liquidez precisa ser avaliada em todos os tipos de investimentos e pode ser também um dos riscos da renda fixa. Ela aparece principalmente em títulos de longo prazo.

Ou seja, com baixa liquidez existe o risco do investidor precisar do dinheiro aportado antes da data de vencimento do título. Caso isso aconteça provavelmente o investidor não conseguirá vender os títulos no mercado pelo preço justo, perdendo assim parte da lucratividade.

Por isso, é tão importante diversificar a carteira e observar os prazos de resgate dos títulos.

Risco de mercado

O risco de mercado é também um dos riscos da renda fixa, principalmente em títulos pré-fixados.

Os títulos pré-fixados têm a taxa previamente acordada,  que é garantida apenas se o investidor resgatar no vencimento. Caso o investidor precise do dinheiro antes do vencimento, ele terá que aceitar o preço de mercado. Se por alguma razão o preço do título estiver menor no momento da venda antecipada, o investidor terá prejuízo.

O preço do título pode variar durante este período de tempo devido a flutuação nos índices de preço, câmbio e taxas de juros.

Riscos da renda fixa nos fundos de investimento

A principal característica dos fundos de investimentos é a presença de um gestor para tomar as decisões de compra e venda dos títulos.

Para muitos a imagem do gestor pode parecer boa, afinal, ele é o responsável pela escolha dos investimentos, no entanto, justamente a presença do gestor pode diminuir a lucratividade do investidor.

Como funcionam os Fundos de Investimento: um guia para iniciantes

Um dos riscos da renda fixa em FI é o número de taxas

Isso acontece porque os fundos de investimentos possuem taxa de administração e alguns também possuem taxa de performance.

Ao aplicar em um fundo de investimento, o investidor está basicamente entregando seu dinheiro para que uma pessoa tome as decisões sobre o que fazer com o dinheiro e cobre por isso.

Sendo assim, além de todos os riscos descritos acima, o investidor está adicionando um risco a mais ao seu dinheiro. Caso o investidor coloque 20 mil reais em um fundo de investimento e o fundo não tenha rendimento, ao final do ano o investidor poderá ter R$ 19.600,00 devido aos descontos das taxas.

Mesmo sendo uma das opções mais “seguras” para o investidor, há riscos na renda fixa que precisam ser considerados no momento da compra do título.

Ao optar por qualquer investimento é preciso considerar sempre 3 pilares: Lucro, Risco e Liquidez.

Dificilmente um investimento atenderá a estes três requisitos. No entanto, este equilíbrio pode ser alcançado com uma carteira diversificada com investimentos escolhidos de forma inteligente.

Pode não ser o melhor momento para investir, mas sempre é tempo de cuidar do seu dinheiro com responsabilidade.

Se você quer realmente investir seu dinheiro com segurança, aprenda sobre investimentos e saiba escolher o melhor investimento para você. Afinal, o conhecimento liberta.

Para  sentir-se mais seguro conheça o e-book  7 PECADOS CAPITAIS DOS INVESTIDORES.

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E se você quer saber no detalhe O QUE FAZER e como fazer, o Investidor Mestre pode te ajudar.

Forte abraço,

Equipe Edu Moreira

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Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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