O valor do dólar, assim como o de outras moedas internacionais, muda todos os dias, várias vezes. Você sabe quais são as vantagens e desvantagens da oscilação do valor do dólar para o brasileiro? Qual a influência do dólar caro em nossas vidas?
O dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos, a maior economia mundial. Por isso, quase a totalidade das transações internacionais realizadas no mundo são feitas nesta moeda. Isso gera um impacto direto na vida de todos, não só para quem está de viagem marcada para os Estados Unidos.
Influência do dólar caro nas importações e no desemprego
Quando o dólar sobe, tudo fica mais caro para importar e, consequentemente, mais barato para exportar. Ou seja, medicamentos, óleos brutos, veículos ou peças para veículos, adubos, entre muitas outras coisas, ficam mais caras para os produtores brasileiros.
Mas nossos minérios, açúcar e carnes, que são alguns dos produtos mais exportados, ficam mais baratos para o estrangeiro. Com isso, os itens produzidos em mercado nacional ficam mais baratos do que nos mercados onde estão sendo produzidos e, dependendo ainda de outros fatores do cenário econômico, essas companhias então podem passar a investir e contratar mais, por exemplo.
Algumas matérias-primas respondem rapidamente à alta do câmbio, como o petróleo. O efeito seria nos preços de combustíveis vendidos pela Petrobras, repassados pelos postos. Situação semelhante ocorre com soja, café e trigo, commodities com cotação no mercado internacional.
No caso do trigo, por exemplo, a valorização da moeda americana influencia no valor de pães, bolos, macarrão, entre outros. A valorização do dólar tem impacto direto na importação de insumos utilizados pela indústria brasileira. Com isso, pode haver correção de preços de roupas, eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Dólar caro também afeta os empregos
Por outro lado, como os contratos de importação entre varejistas ou indústrias com seus fornecedores costumam contemplar um período mais longo, a tendência é de que só haja uma disseminação na economia brasileira caso o dólar permaneça nas alturas por um prazo mais longo.
Hoje em dia, importamos muitos produtos e isso faz com que a demanda por profissionais brasileiros não seja expressiva, causando o terror do brasileiro: o desemprego.
Mas como resolver isso? Alongo e em médio prazo, com a possível valorização dos produtos brasileiros em comparação aos estrangeiros, o investimento em cursos e infraestrutura para acompanhar a demanda de profissionais em território brasileiro irá aumentar. Assim, a longo e em médio prazo, o emprego tende a aumentar.
Influência do dólar caro nos investimentos
A taxa diária do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) já avançou no mercado futuro, o que amplia a rentabilidade dos fundos DI. Essa situação pressiona o Banco Central a elevar a taxa Selic, mas a instituição dá prioridade ao comportamento da inflação.
Quem investe em fundos cambiais ou compra dólar como investimento ganha dinheiro, caso a cotação se mantenha em alta.
O câmbio está diretamente ligado à inflação e a inflação nada mais é que o aumento no nível dos preços. Quando a moeda nacional é valorizada, os preços tornam-se mais competitivos, devido ao aumento do número de produtos importados no mercado.
Por esse motivo, os preços das mercadorias tendem a baixar. Mas, quando o dólar sobe, o país tem menos concorrentes diretos e isso faz com que os preços aumentem.
Viagens internacionais mais caras e câmbio não propício
Quando pensamos em sair do país, conseguimos ver mais de perto o peso da alternância de valores da moeda estrangeira. Isso porque o dólar turismo acompanha o movimento do comercial, e impacta os preços de passagens aéreas, hospedagem fora e, claro, a compra da moeda em espécie antes da viagem.
A cotação de turismo é sempre mais alta do que a normal. Quem usa o cartão de crédito no Exterior tem de esperar até o fechamento da fatura para saber qual cotação realmente irá pagar: quando a trajetória é de alta, cresce o risco de a conta ficar (bem) mais cara.
Como funciona a cotação do dólar
O conceito que rege a cotação de uma moeda é o da oferta e procura. Ou seja, quando há muita moeda americana em circulação no país, ou seja, muita oferta, o preço do dólar cai. Se, do contrário, houver pouca disponibilidade, o preço tende a subir.
Economistas que trabalham para o governo, comumente tentam controlar a oscilação da cotação do dólar no país através do Banco Central. Quando há dólar demais em circulação, o BC compra verdinhas, o que faz com que o preço suba.
Uma crise política como se tem vivido no Brasil e em outros países da América Latina causam o chamado risco-país, que nada mais é do que a medida de confiança do investidor estrangeiro em realizar transações internacionais em determinado país.
Com o risco-país alto, esses investidores ficam receosos de injetar dinheiro, desistindo dos investimentos e, com isso, uma retirada massiva de dólar de circulação, o que causa uma alta da moeda americana.
Onde o IOF entra na história
O IOF é o imposto incidente sobre a compra de dólares, as alíquotas variam de acordo com a modalidade da transação. Para o uso de cartões de crédito ou recarga de cartões de débito, a alíquota é de 6,38% sobre o valor da recarga ou compra. Já a compra da moeda em espécie tem um custo de IOF de 1,10% sobre o valor da operação.
É possível acompanhar o sobe e desce do câmbio do dólar através de sites como o Melhor Câmbio, o Dólar Hoje ou pelo Banco Central.
Conte para nós: você já teve algum negócio ou compra influenciada pelo valor do dólar?
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Equipe Eduardo Moreira
Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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