A poupança deixou de ser um investimento aceitável há anos. A famosa rentabilidade de 0,5% ao mês – ou 6% ao ano – fica bem atrás de alternativas simples em renda fixa.
A estabilidade que a poupança supostamente oferece não se paga na prática. Outros produtos de renda fixa também se mostram bastante estáveis e premiam seus aplicadores com um rendimento sensivelmente superior.
Felizmente, não faltam alternativas para sair da poupança. É tudo questão de proatividade para buscar a opção que melhor se encaixa na sua situação e investir.
Por que deixar a poupança de lado?
Além do que já falamos acima, muitas pessoas relutam em deixar a poupança porque temem por seu suado dinheiro. A preocupação é legítima, mas o fato é que esse dinheiro – parado na poupança – rende muito menos do que poderia.
Outra razão para deixar a poupança é a dependência da data do aniversário. Essa é uma armadilha que passa despercebida por muita gente.
O dinheiro aplicado na poupança só tem algum rendimento quando se completa um mês do aporte. Ou seja, se você precisar do dinheiro dali a 50 dias, terá o rendimento correspondente a apenas 30 dias.
A poupança, em muitos casos, tem uma rentabilidade ainda inferior à taxa de inflação, o IPCA. Em outras palavras, dependendo de como anda a economia e o IPCA, você pode estar “perdendo dinheiro”ao investir na poupança.
Conheça 5 opções para sair da poupança
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é muito semelhante ao CDB. A diferença é que o emissor não é um banco, mas o próprio Tesouro Nacional.
Por isso, esse investimento é muito seguro. O valor mínimo para investir também é mais baixo do que outros ativos de renda fixa.
Veja os tipos de Tesouro Direto logo abaixo:
- Tesouro Selic (curto prazo, rende a taxa Selic);
- Tesouro IPCA (médio e longo prazo, rende de acordo com a inflação mais uma taxa);
- Tesouro Prefixado (tem apenas uma taxa prefixada que não muda).
LCIs e LCAs
As Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliária são formas de capitalizar segmentos do mercado com dinheiro dos investidores. Esse investimento possui um incentivo do Governo, pois é isento de Imposto de Renda.
Isso não significa que ele é mais rentável, mesmo assim pode ser uma ótima escolha.
CDB
O rendimento do Certificado de Depósito Bancário e seu grande leque de tipos de CDBs o torna uma ótima alternativa à poupança. O CDB é recomendado tanto para iniciantes, por sua simplicidade, quanto para investidores mais experientes.
Esse é um ótimo investimento para começar a carteira ou então diversificar a curto, médio ou longo prazo. Um CDB de curto prazo com liquidez diária pode render um pouco menos do que 100% do CDI.
No entanto, de acordo com o prazo do seu investimento, o rendimento do CDB pode chegar a mais de 120% do CDI. Além disso, todos os CDBs, LCIs, LCAs e LCs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Fundos de Renda Fixa
Para investir em fundos, a dica é olhar a taxa de administração. Essa taxa incide diretamente sobre o patrimônio.
Os especialistas afirmam que o investidor deve procurar fundos com taxa de administração inferior a 1%. Os fundos têm incidência de IR, que vai de 22,5%, para aplicações com menos de seis meses, a 15% para períodos acima de dois anos.
Fundos não têm garantia do Fundo Garantidor de Créditos, mas suas contas são mantidas separadas das instituições. Há incidência de imposto come-cotas, que é um desconto semestral de IR.
Previdência Privada
Esse investimento serve para o dinheiro cujo destino é a aposentadoria, pois tem a vantagem de adiar o desconto do Imposto de Renda apenas para o momento do resgate.
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais indicado para quem faz a declaração pelo formulário completo do Imposto de Renda, pois permite o abatimento das contribuições na declaração. No resgate, será tributado o montante do investimento (capital mais rendimento).
Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é recomendado para quem faz a declaração do IR pelo formulário simplificado. No resgate, a tributação irá incidir apenas sobre o rendimento.
O que levar em conta na hora de trocar de investimento?
Fique atento à liquidez ao planejar seus investimentos. Você pode perceber que só precisará dos recursos investidos dentro de um prazo mais longo como 12 ou até 24 meses.
Nesse caso, busque alternativas com liquidez mais baixa, ou seja, que exijam um prazo mínimo de aplicação ou de antecedência para solicitar o resgate, pois a tendência é que esses produtos remunerem melhor.
Preste atenção também no Fundo Garantidor de Crédito. Ainda que a maioria dos produtos de renda fixa tenha um caráter conservador, alguns investidores podem temer certos riscos.
Se você faz parte desse grupo, é importante ter em mente a existência do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Trata-se de uma entidade que protege os aplicadores em caso de intervenção ou quebra de uma instituição financeira.
O FGC tem um funcionamento simples: o investidor está protegido até o limite de R$ 250 mil por CPF, em caso de quebra ou intervenção da instituição onde investiu.
A cobertura é válida para os principais produtos de renda fixa, exceto fundos.
A poupança é mau negócio para quem deseja valorizar seu dinheiro e multiplicá-lo de forma mais rápida e, felizmente, o mercado está repleto de alternativas para sair da poupança.
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Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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