22 de julho de 2019

Entenda a portabilidade do crédito imobiliário

Entenda a portabilidade do crédito imobiliário

Se você tem algum financiamento de um imóvel, sabia que pode pedir a portabilidade do crédito imobiliário?

E como, geralmente, leva muitos anos para ser quitado, é possível encontrar outra instituição financeira que ofereça taxas de juros mais baixas. E atualmente, as pessoas têm procurado cortar alguns gastos e essa transferência pode ser uma alternativa.

Mas ainda existem muitas dúvidas e até mesmo pela falta de informação, as pessoas desconhecem essa possibilidade. E é justamente isso que vamos mostrar para você hoje!

O que é portabilidade

No caso do crédito imobiliário, a portabilidade nada mais é do que a transferência de um financiamento imobiliário para outra instituição. Guardadas as devidas proporções, funciona parecido quando você muda de uma operadora celular para outra.

Seu principal objetivo é que a pessoa possa reduzir a sua dívida, porque é possível encontrar outro banco com taxas de juros mais baixas, bem como algumas taxas de administração com valores reduzidos.

Resumindo, é a migração da sua dívida para um outro banco. Mais adiante, você vai entender melhor como funciona e como deve se proteger.

Quando pedir a portabilidade do crédito imobiliário

Vamos supor que você tenha um financiamento imobiliário e as prestações estão pesando no seu bolso. Uma saída é pedir a portabilidade do crédito imobiliário, desde que os juros cobrados sejam menores.

E aí a nova instituição quita a dívida com o outro banco e assume o crédito. E a partir desse momento, o seu financiamento está atrelado a esse banco.

Existem casos em que a instituição pode se recusar a aceitar essa transferência de dívida, mas segundo o Código de Defesa do Consumidor, ela precisa informar por escrito o motivo de ter negado.

Dicas na hora de solicitar a portabilidade

Separamos aqui algumas dicas para você prestar bastante atenção na hora de pedir a portabilidade do crédito imobiliário:

1. Fazer pesquisas

É fundamental você fazer pesquisas entre várias instituições financeiras. Só assim, você já pode ter uma ideia se está pagando muito ou não.

Depois, você compara os valores cobrados e decide se vale ou não a pena. 

2. Não ficar atraído apenas pelas taxas de juros mais baixas

É muito normal as pessoas quando estão buscando pela portabilidade, olharem apenas para as taxas de juros. Só que o novo banco pode estar cobrando outras taxas e nesse caso, o negócio não é vantajoso.

Mas antes de fechar com a nova instituição, procure conversar com o banco antigo e tentar renegociar os valores.

3. Não aceitar cobrança pela portabilidade do crédito

Você precisa tomar cuidado, pois o novo banco não pode cobrar nada para fazer essa transferência de crédito. E essa é uma regulamentação do Banco Central.

Caso isso ocorra, comunique imediatamente ao Órgão de Defesa do Consumidor.

Portabilidade do crédito imobiliário

4. Não é permitido a dilatação do prazo do financiamento

Alguns consumidores pensam que ao fazer a portabilidade, eles vão conseguir aumentar o prazo do financiamento.

Infelizmente, isso não é possível. O prazo acordado com a primeira instituição não pode ser modificado. Se no seu contrato está dizendo que são 60 parcelas, o novo continua com as 60 parcelas.

5. Prazo para desistir da portabilidade?

Então, quando a portabilidade é solicitada, o seu banco tem que passar todos os dados em até dois dias úteis. E esse tempo também vale para o cliente, caso ele queira desistir da transferência.

Mas o seu banco atual pode te oferecer uma contraproposta, e o prazo para isso é de até cinco dias úteis. E se você não aceitar, basta dar continuidade a todo o processo.

Vale a pena fazer a portabilidade do crédito imobiliário?

Na verdade, a portabilidade só vale a pena se os juros forem realmente menores se comparados ao que você paga hoje.

Apesar de já termos falado nas dicas acima, vale reforçar alguns pontos: você precisa fazer uma pesquisa para saber quais taxas praticadas por outras instituições.

E hoje, o processo é bem ágil, a única coisa que você terá que pagar a mais é o registro no cartório, por exemplo. Assim, a transferência da sua dívida terá toda segurança jurídica, evitando muita dor de cabeça no futuro.

Só lembrando que o banco para o qual você vai fazer a portabilidade do crédito imobiliário não pode cobrar nenhum custo adicional pela transação.

Vale ressaltar também que a maneira como a dívida é parcelada, isto é, a amortização e o prazo do financiamento não podem ser alterados.

Tem uma questão que você precisa observar: mesmo que a instituição ofereça taxas mais baixas, você precisa ver se não vai te cobrar outros custos. Nesse caso, você tem que colocar tudo no papel e avaliar se vale ou não a pena.

Não é complicado, mas é importante que você esteja bem atento, caso contrário, ou você vai trocar uma dívida pela outra ou ainda corre o risco de pagar até mais.

Conclusão

De uns tempos para cá, tem crescido bastante a procura pela portabilidade do crédito imobiliário, onde uma das suas principais razões é a redução de gastos.

Mas é preciso ficar bem atento, como já foi dito, para ver se o novo banco não vai comprar custos extras, pois assim, não é muito vantajoso.

Por isso, você não pode olhar apenas para a taxa de juros e a taxa de administração e, sim, para o Custo Efetivo Total da transação. De repente, você pode achar que está fazendo um ótimo negócio e no fim das contas, corre o risco até de pagar mais.

Já pensou em fazer a portabilidade do crédito imobiliário? Comente abaixo.

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Equipe Eduardo Moreira.

Eduardo Moreira
Eduardo Moreira

Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.

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