Os títulos privados são os títulos de renda fixa emitidos pelo banco ou algumas empresas. CDB e Debêntures são exemplos de títulos privados.
Títulos privados tem como objetivo captar recursos em troca de pagamentos de juros, podendo ser pós fixados e acompanhado de um percentual da taxa Selic, ou pré-fixados.
Quais são os títulos privados
Títulos privados emitidos por bancos
- CDB – Certificado de Depósito Bancário
- LCI e LCA – Letra de crédito imobiliário e agrícola
- LC – Letra de Câmbio
Títulos Corporativos
- Debêntures
- CRI/CRA – Certificado de Recebíveis Imobiliário e Agrícola
Esses títulos possuem longo prazo de investimento. Os títulos corporativos podem ser negociados no mercado secundário de balcão.
Cuidados ao investir em títulos privados
Como todo título de renda fixa, as alíquotas de imposto de renda são progressivas.
- Até 180 dias de investimento, 22,5%
- De 181 a 360 dias de investimento, 20%
- De 361 a 720 dias de investimento, 17,5%
- Acima de 720 dias, 15%
Dessa forma, quanto mais tempo se ficar com o título, maior será a rentabilidade líquida. A não ser nos casos de títulos isentos.
Para avaliar se o risco é alto ou baixo é preciso saber quais são as suas notas de crédito dadas pelas agências de classificação e risco.
Assim, quanto pior a nota, maior deverá ser o seu retorno para compensar esse risco. Seguindo a mesma lógica, títulos corporativos devem possuir rendimentos acima dos títulos bancários, que não possuem risco de crédito por terem a garantia do FGC.
O que considerar antes de investir
O primeiro passo é pesquisar sobre a empresa que deseja investir, então considere fazer as seguintes perguntas:
- A empresa é lucrativa?
- O produto é de primeira necessidade?
- Quais são os mercados atuantes da empresa?
- As novas tecnologias serão beneficiadas ou prejudicas com o negócio?
- Qual o histórico da empresa relacionado a investimento?
Debêntures e CDB: conheça os riscos de investir
Primeiramente é preciso entender que existe diferença entre investir em debêntures e em ações.
Os debenturistas são credores e, por isso merecem receber todo o valor que foi emprestado para as empresas com juros, no vencimento do papel, independente da empresa ter obtido resultado ou não.
E os acionistas são os sócios da empresa, porém só recebem quando a empresa registrar os lucros, contam ainda com as variações que as ações sofrem na Bolsa de Valores.
Para o investidor conservador que não gosta de correr risco, a debêntures é a ideal. O problema no caso é se a empresa decretar falência, as ações e as debêntures vão por água abaixo.
Uma desvantagem das debêntures é a baixa liquidez. Se algum debenturista resolver desistir do negócio antes do vencimento do papel, poderá perder parte do dinheiro investido na oferta de procurar outro comprador.
As debêntures também não possuem a garantia de um CDB (Certificado de Depósito Bancário) mesmo os dois serem títulos privados.
No caso do Crédito de Depósito Bancário (CDB), os bancos estão comprometidos com a recompensa garantindo a liquidez do papel.
Além disso, se a empresa decretar falência ao contrário das debêntures a CDB garante que aplicações de até R$ 60.000,00 sejam protegidas pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito.
Por esta razão, as instituições financeiras não costumam pagar mais de 100% do CDI para aplicações de valor baixo.
Como investir nos títulos privados
Para começar a investir em debêntures é necessário abrir uma conta em alguma corretora. Se o investidor já possui uma conta na qual costuma investir em ações, poderá usar a mesma conta.
Nem todas as corretoras participam da distribuição de debêntures, por isso pesquise antes afim de escolher a corretora que corresponda às suas necessidades.
Quando o investidor decidi por adquirir debêntures os recursos devem ser depositados na conta da corretora. Se a demanda ultrapassar a oferta um rateio será realizado.
No momento dessa operação nenhuma taxa é pedida ao investidor referente a corretagem. O único valor a ser cobrado é o referente a taxa de custódia de 0,03% ao ano.
Quanto aos ganhos das debêntures incidirá o imposto de renda, já descontado no momento final da aplicação, a alíquota varia de acordo com o prazo dos papéis.
LCI e LCA
LCI – Letra de Crédito Imobiliário e LCA – Letra de Crédito Agrícola, são títulos emitidos pelos bancos, porém seus recursos são exclusivos para financiamento dos projetos agrícolas.
LC
LC – Letra de Câmbio são emitidos por financeiras, a fim de disponibilizar empréstimo ou capital de giro para os seus clientes. A LC também remunera o investidor com juros e taxas ofertadas no ato da compra.
COE
COE este investimento reúne títulos e ações. Como garantia ao menos seu valor investido retorna para o investidor. Por fim, existe uma diversidade de títulos privados com diferentes características que podem compor o seu portfólio de investimento de acordo com suas necessidades.
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Equipe Eduardo Moreira.
Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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