Muitas vezes agimos por impulso ou sem pensar bem nas consequências, apenas levados pelas emoções. Isso pode ser um problema também na área das finanças. Veja como as emoções podem impactar sua vida financeira.
Fazer compras ou investimentos não deixa de ser um recurso para combater a dor, a decepção e outros sentimentos negativos. Ou então gastamos demais por empolgação, ou para ter mais status ou ganhar a admiração de alguém.
É necessário controlar as emoções também diante do dinheiro.
Por que decidimos comprar
Estudos revelam que há duas razões pelas quais uma pessoa compra algo: necessidade e prazer. Compramos artigos básicos devido à necessidade, aqueles que precisamos utilizar com frequência: comida, roupas, transporte, utensílios do dia a dia, por exemplo.
Porém, mesmo os itens de primeira necessidade podem ser afetados pela busca do prazer. Tudo bem que você tem que almoçar, mas ir a um restaurante caro e ficar devendo mais do que poderá pagar no crédito?
Comprar um carro zero cujas parcelas vão endividar você e sua família de forma avassaladora? Um casaco importado que você na verdade não tem condições de pagar, mas achou muito bonito e, além disso, a marca representa status?
Repare que, muitas vezes, nós compramos as coisas pensando nos outros. Vou comprar um carro, pois meu melhor amigo comprou. Esta roupa, para conquistar aquela mulher ou porque minha colega de trabalho veste-se bem e não quero ficar para atrás.
Não é uma atitude errada, em si mesma, a comparação. Mas é necessário mais do que isso para decidir sabiamente o que comprar. É nosso suado dinheiro que está em jogo, e somos nós (ou alguém que nos tem em conta) que vamos pagar os boletos e as faturas do cartão.
Dinheiro x emoções
Em termos de finanças, nunca se deve seguir o coração. As consequências da irresponsabilidade financeira podem ser graves. Portanto, é necessário administrar as emoções e não fazer do dinheiro um meio de as colocar para fora.
Antes de comprar qualquer coisa, especialmente artigos de grande valor, pergunte-se o motivo de adquiri-la e se realmente tem condições, tendo em vista sua situação econômica. Evite comprar sob efeito de fortes emoções ou em desequilíbrio.
Outra dica é sempre pesquisar preços, de forma a encontrar as melhores ofertas e evitando comprar por impulso. Também não deixe de acompanhar sua conta bancária ou sua fatura do cartão de crédito, monitorando a situação financeira.
Caso sinta uma vontade incontrolável de comprar, procure se distrair ou se exercitar. Ao realizar compras, seja paciente e tente relaxar, sem pressa. Ainda, é importante evitar fazer compras com pessoas consumistas ou que sejam muito emotivas e possam influenciar suas ações.
Como as emoções podem impactar sua vida financeira
Controlar as emoções é um benefício enorme para todas as áreas da vida.
Não é diferente na área financeira e, na verdade, nesse quesito é vital. Emoções fora de controle na hora de usar o dinheiro podem levar a inadimplência e rombos no seu orçamento, além de arrependimentos por compras ou investimentos, quando estiver com a cabeça fria e conseguir pensar melhor.
Ansiedade, desânimo, stress, angústia ou mesmo sentimentos positivos como alegria e animação não podem definir o que você vai fazer com seu dinheiro. Lidar com finanças exige planejamento e racionalidade.
Há possibilidade de devolver artigos comprados e ser ressarcido, se for no prazo previsto e dentro das regras da loja, mas isso não é desculpa para pensar bem antes de mexer no dinheiro que você tanto se esforça para ganhar.
Lidando com as emoções
Uma dica para não meter os pés pelas mãos no que se refere ao dinheiro é conversar com a família e pessoas próximas sobre o que pretende comprar. Trocar informações é importante e, quem sabe, descobrir lugares mais baratos ou marcas melhores que valorizem mais seu dinheiro. Se não quiser se abrir sobre alguns de seus desejos de compra, pesquise muito, principalmente na Internet.
Falando em Internet, cuidado para não agir sob emoção ao ver um anúncio de promoção por e-mail ou em alguma página. Pode, sim, ser uma oferta imperdível, mas será que você realmente terá condições de pagar sem prejudicar sua situação financeira? E será que você realmente precisa daquele item, e não há outros mais necessários à frente dele?
É certo que uma promoção ou um item à venda, por si sós, podem provocar emoções no consumidor e criar o desejo de compra. Os esforços do marketing e da publicidade são voltados a isso: emocionar o consumidor e levá-lo a consumir.
Porém, as próprias emoções do comprador também influem na realização de compras. Nossas emoções e sentimentos, nossas faltas e personalidades, peculiaridades muitas vezes desconhecidas por nós mesmos, e que atuam de forma sutil, podem nos fazer tomar a decisão de comprar.
Segredo para ter uma boa vida financeira
O segredo é ter a cabeça no lugar, e não fazer de qualquer compra uma compensação para sentimentos ruins ou uma bonificação para sentimentos satisfatórios. É claro, todos nós adoramos receber presentes, incluindo os que damos a nós mesmos, mas é necessário agir com responsabilidade.
Não se deve tomar decisões de cabeça quente, diz a sabedoria popular. Essas decisões incluem as decisões de compra. Acostume-se a pesquisar preços e lojas, com calma e cuidado, avaliando se cada item desejado poderá quebrar seu orçamento, ou de que forma poderá ser incluído nele.
Você só pode contar com dinheiro certo, não pense “vou dar um jeito”, pois poderá se atolar em empréstimos, juros e inadimplência.
E afinal, se pudermos dar um conselho realmente marcante, é o de não fazer compras quando estiver muito triste ou muito feliz. Ou seja, com as emoções à flor da pele.
Sabemos que nem sempre isso é possível, mas tente exercitar ao máximo a racionalidade e a paciência ao lidar com seu dinheiro. Pense no quanto deu duro para consegui-lo, e que muito trabalho e dedicação podem ser jogados pela janela em um impulso.
Pense também em como sua falta de controle emocional pode afetar as pessoas que você ama, sua família, por exemplo. Eles dependem de você. Nada de sair comprando o que não pode escondido, mesmo se forem presentes para seus queridos.
Aproveite para exercitar o domínio das emoções não apenas na área financeira, mas em todas as partes da sua vida, uma vez que elas estão relacionadas.
A inteligência emocional pode levar ao sucesso nas finanças e na vida. Você consegue organizar bem suas finanças? Conte para nós!
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Equipe Eduardo Moreira
Eduardo Moreira
Eleito um dos três melhores economistas do Brasil pela Revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira foi apontado pela Universidade da Califórnia como o melhor aluno do Curso de Economia nos últimos 15 anos. Autor de diversos best-sellers, Eduardo foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, em junho de 2012.
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